quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Súplica e redenção II

Não quero isso dentro de mim
Eu não sou assim
Mesmo que os anciãos me digam o oposto
Guardo meu diamante com carinho

Mantenho meus pés firmes na estrada
Os meus olhos de águia são o meu farol
As cicatrizes ardem mas o couro é grosso
Creio em minha alma mais que na própria beleza

Os ombros pedem arrego às vezes
Mas só Deus sabe o quanto que eles aguentam
Tenho mantido minha cabeça erguida
Mesmo às vezes sentindo arder a navalha na carne

Temo ter abalado minha humildade
Às vezes me sinto cego pelas minhas verdades
Mas como em toda verdade, ela tem um limite de alcance
Então me pego falando verdadeiras mentiras

Os cães estão espumando quando ladram
A adrenalina decola em minhas veias
Sinto o meu instinto se contorcendo
Mas sou mais forte, mais forte, mais forte

Ainda acredito nos meus sonhos
Busco um norte incrédulo porém redentor
Sou o que sou, só mudo quando a vida quer
Morro triste, mas morro poeta

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Para cada passo, aplausos e pedradas
Para cada dúvida, alguns caminhos tortos
Para cada caminho torto, uma bússola sem norte
Para cada norte há um sul bem melhor...

domingo, 9 de novembro de 2008

Por baixo

Amargo, cinza e feio
Chato, monótono e doloroso
Impiedoso, cansado e pulsante

Indelicado, tenaz e inerte
Indeciso, afiado e silêncio
Propulsor para quem tem olhos afiados

Esse é o sabor da derrota...