Pensamentos de um aprendiz de poeta
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
sexta-feira, 16 de junho de 2023
Um dia qualquer
O dia começa
O sol vem acariciar meu rosto
Passarinhos valsam suas melodias
Os filhos repousam em suas nuvens particulares
Meus pés reclamam com aquela preguiça incômoda
A cabeça resiste a aceitar o despertar
Sob bocejos me embriago na fumaça do café
Penso nos dias que se passaram e planejo as atividades do dia
Tudo parece normal, simples, desimportante
Enquanto o café acaricia minha garganta
Meus preguiçosos ouvidos seguem seus passos inconstantes
Desarmado, ouço um "bom-dia"
O mundo para de girar
Tal qual como aquela canção de outrora
Seu olhar captura a beleza
E me serve com uma simplicidade aterradora
E mesmo com toda a banalidade
Como se tudo parecesse fútil
Você me abençoa com um singelo beijo
E, assim, meio bobo, meio refém
Transformo-me em um rei coroado pela vida
sexta-feira, 26 de junho de 2020
No fundo
No fundo, no fundo
Eu sigo caminhando
Meio capenga, meio trôpego
Um tanto quanto fatigado
No fundo, no fundo
Sigo olhando a luz do sol
Como um estandarte tinturado no céu
Como um lembrete sabe-se lá de quem
Que a vida continua
No fundo, no fundo
Continuo piegas, um tanto quanto bobo
Me emocionando com coisas que não emociona mais ninguém
Me alimentando de corações rachados, de sonhos rasgados
Divindo o pão com os famintos de alma
No fundo, no fundo
Eu nunca quis mudar
Você nunca me pediu isso
Você apenas sorri quando eu choro por dentro
Incapaz de me atirar uma única pedra
No fundo, no fundo
Sedimento com versos e canções
Uma existência pesada, tensa, cansativa
Um estômago dolorido que esconde um coração infantil
De um jovem aprendiz ousado e um sonhador subversivo
Eu sigo caminhando
Meio capenga, meio trôpego
Um tanto quanto fatigado
No fundo, no fundo
Sigo olhando a luz do sol
Como um estandarte tinturado no céu
Como um lembrete sabe-se lá de quem
Que a vida continua
No fundo, no fundo
Continuo piegas, um tanto quanto bobo
Me emocionando com coisas que não emociona mais ninguém
Me alimentando de corações rachados, de sonhos rasgados
Divindo o pão com os famintos de alma
No fundo, no fundo
Eu nunca quis mudar
Você nunca me pediu isso
Você apenas sorri quando eu choro por dentro
Incapaz de me atirar uma única pedra
No fundo, no fundo
Sedimento com versos e canções
Uma existência pesada, tensa, cansativa
Um estômago dolorido que esconde um coração infantil
De um jovem aprendiz ousado e um sonhador subversivo
domingo, 26 de abril de 2020
Maré invisível
Começa o dia, o tempo canta sua canção
Um cheiro de café, o som de um caminhão
Já não sei se ouço músicas ou notícias
Tanto faz
Trabalho, casa, casa, trabalho
Pela janela veja a dança dos teimosos
Dos coitados, ignorantes do porvir
Meu coração é quem desaba do quinto andar
Nas perguntas sem fim
De uma criança curiosa
Mora a ansiedade adulta
Que com um fio de esperança
Em frente ao espelho da maturidade
Chora por pura ignorância
Na garganta carrego um nó
Que de teimoso não me deixa engolir
E mesmo olhando para o farol
Vendo a luz que se anuncia
Temo a ponte em que devo passar
Nessa intensa travessia
Que me inspira medo e fervor
Fecho os olhos e caminho
Altivo como um velho navegante
Comandando o meu navio
E me mantendo vivo frente ao terror
Um cheiro de café, o som de um caminhão
Já não sei se ouço músicas ou notícias
Tanto faz
Trabalho, casa, casa, trabalho
Pela janela veja a dança dos teimosos
Dos coitados, ignorantes do porvir
Meu coração é quem desaba do quinto andar
Nas perguntas sem fim
De uma criança curiosa
Mora a ansiedade adulta
Que com um fio de esperança
Em frente ao espelho da maturidade
Chora por pura ignorância
Na garganta carrego um nó
Que de teimoso não me deixa engolir
E mesmo olhando para o farol
Vendo a luz que se anuncia
Temo a ponte em que devo passar
Nessa intensa travessia
Que me inspira medo e fervor
Fecho os olhos e caminho
Altivo como um velho navegante
Comandando o meu navio
E me mantendo vivo frente ao terror
terça-feira, 3 de setembro de 2019
Num desses dias
Hoje o dia acordou chovendo
Aquela chuva rala que carinhosamente fica batendo na janela do quarto na esperança que a gente abra
Como se quisesse nos dizer algo com certa urgência
Mais um dia para sair da cama
Com uma leveza que os cabelos brancos já não conhecem mais
O tempo tenta ser gentil cuidando das cicatrizes que a pressa causou
O cheiro do café me dá uma fugidia alegria
O mastigar na mesa é lento
A comida parece não aceitar o silêncio
Então, as horas começam a correr
O dia passa numa rajada tão veloz quanto um pranto seco
Silenciado no tique-taque do relógio do escritório
Finalmente, ao chegar em casa
O coração enfim descansa
Sob a canção que alimenta a esperança da liberdade
Aquela chuva rala que carinhosamente fica batendo na janela do quarto na esperança que a gente abra
Como se quisesse nos dizer algo com certa urgência
Mais um dia para sair da cama
Com uma leveza que os cabelos brancos já não conhecem mais
O tempo tenta ser gentil cuidando das cicatrizes que a pressa causou
O cheiro do café me dá uma fugidia alegria
O mastigar na mesa é lento
A comida parece não aceitar o silêncio
Então, as horas começam a correr
O dia passa numa rajada tão veloz quanto um pranto seco
Silenciado no tique-taque do relógio do escritório
Finalmente, ao chegar em casa
O coração enfim descansa
Sob a canção que alimenta a esperança da liberdade
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
De rato em rato
De rato em rato
De passo em passo
Quem é você? Quem é você?
De perigo em perigo
De suspiro em suspiro
Onde estamos? Onde estamos?
Talvez suas lágrimas me façam rir
Talvez seus sorrisos me façam chorar
Longe do seu bom humor
E bem perto do meu semblante fechado
De rato em rato amolo minha faca
Ferina ferida, caos sob a redenção
Me fecho ao seu amanhecer cheio de chuva
Sob o teto da desimportância construo minha fortaleza
Após contar suas moedas, suma!
Dê um trago amargo no seu prazer doentio
Do alto da sua ganância sinto o cheiro da derrota
Inevitável, incontrolável, inexorável
Seu passeio entre os leões acaba de começar
Cuide das suas costas
Pois a mesma carne que alimenta, fede
A saliva não vê limite no medo
E espero, no fundo da minha decepção
Que eu esteja completamente errado
Não gosto de comemorar sangue na face
Nem mesmo dos surdos de coração
De passo em passo
Quem é você? Quem é você?
De perigo em perigo
De suspiro em suspiro
Onde estamos? Onde estamos?
Talvez suas lágrimas me façam rir
Talvez seus sorrisos me façam chorar
Longe do seu bom humor
E bem perto do meu semblante fechado
De rato em rato amolo minha faca
Ferina ferida, caos sob a redenção
Me fecho ao seu amanhecer cheio de chuva
Sob o teto da desimportância construo minha fortaleza
Após contar suas moedas, suma!
Dê um trago amargo no seu prazer doentio
Do alto da sua ganância sinto o cheiro da derrota
Inevitável, incontrolável, inexorável
Seu passeio entre os leões acaba de começar
Cuide das suas costas
Pois a mesma carne que alimenta, fede
A saliva não vê limite no medo
E espero, no fundo da minha decepção
Que eu esteja completamente errado
Não gosto de comemorar sangue na face
Nem mesmo dos surdos de coração
segunda-feira, 7 de maio de 2018
Sob a luz
Sob a luz do holofote
Sob a luz da minha história
Lá onde o homem fraqueja
Minha garganta me traiu
Dois goles descem acariciando os nós
Que me abraçaram há muito tempo
Onde meu grito silenciosamente adormece
Mora uma canção melancólica
Meu violão canta as minhas pegadas
Que o tempo generosamente preservou
Muitas vezes odeio o brilho do meu coração
E aquela criança que meu homem trancou
Como se o mundo sequer soubesse
Quais as cores que a minha imaginação reverbera
Nas minhas veias encontrei minha mordaça
No meu canto encontrei a minha redenção
Sob a luz da minha história
Lá onde o homem fraqueja
Minha garganta me traiu
Dois goles descem acariciando os nós
Que me abraçaram há muito tempo
Onde meu grito silenciosamente adormece
Mora uma canção melancólica
Meu violão canta as minhas pegadas
Que o tempo generosamente preservou
Muitas vezes odeio o brilho do meu coração
E aquela criança que meu homem trancou
Como se o mundo sequer soubesse
Quais as cores que a minha imaginação reverbera
Nas minhas veias encontrei minha mordaça
No meu canto encontrei a minha redenção
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Sempre me pego olhando pela janela
Catando os cacos que o tempo deixou
Como se você anoitecesse de repente
Como eu seu nunca amanhecesse novamente
Me pego flertando com um verso qualquer
Aquela voz que insiste em gritar
Dois dedos de melancolia, um trago na sua alegria
Finalmente um bom vento no meu rosto
De repente a veia pulsa
A voz rasga numa erupção incontrolável
O peito explode, o céu se abre
E num arroubo solitário sou o dono do mundo outra vez
Catando os cacos que o tempo deixou
Como se você anoitecesse de repente
Como eu seu nunca amanhecesse novamente
Me pego flertando com um verso qualquer
Aquela voz que insiste em gritar
Dois dedos de melancolia, um trago na sua alegria
Finalmente um bom vento no meu rosto
De repente a veia pulsa
A voz rasga numa erupção incontrolável
O peito explode, o céu se abre
E num arroubo solitário sou o dono do mundo outra vez
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Espontaneidade
A minha espontaneidade é um cão raivoso
Que, se de coleira frouxa, mata todos ao meu redor
De amor.
Que, se de coleira frouxa, mata todos ao meu redor
De amor.
quinta-feira, 30 de junho de 2016
Meu irmão, o que é a vida?
A mais dramática dicotomia
É pressa e ócio
Luz e sombra
Gozo e dor
Risos e lágrimas
O todo e as lascas
Tensão e relaxamento
Escola e laboratório
O credor e o cliente
Música e silêncio
Rio e oceano
Amor e ódio
Sexo e abstinência
A pólvora e o perfume
O descontrole e a plenitude
Pé e mão
Ambrosia e giló
Rock e forró
Poesia e pornografia
Sede e afogamento
Fome e infarto
É Hermeto e Ratos de Porão
Afago e estupidez
O palco e a platéia
O espectador e o cinema
Conhecimento e ignorância
Ignorância? Hum...
É pressa e ócio
Luz e sombra
Gozo e dor
Risos e lágrimas
O todo e as lascas
Tensão e relaxamento
Escola e laboratório
O credor e o cliente
Música e silêncio
Rio e oceano
Amor e ódio
Sexo e abstinência
A pólvora e o perfume
O descontrole e a plenitude
Pé e mão
Ambrosia e giló
Rock e forró
Poesia e pornografia
Sede e afogamento
Fome e infarto
É Hermeto e Ratos de Porão
Afago e estupidez
O palco e a platéia
O espectador e o cinema
Conhecimento e ignorância
Ignorância? Hum...
sábado, 2 de maio de 2015
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Socorro
Socorro! Preciso de algo pra acreditar!
Uma ideologia vã
Uma bandeira velha qualquer
Um baluarte, um estandarte, um propósito
Socorro!! Preciso de algo para sonhar!
Que me dê aquela força motriz adolescente
Aquele pão dormido que ninguém quer comer
Aquele canto guardado no fundo do meu cotidiano
Socorro!! Preciso de algo para viver!
Um passeio por aquele muro velho pichado
Uma luz nova pro meu farol arcaico
Uma afinação diferente para o velho violão
Socorro! Não estou sentindo nada...
Uma ideologia vã
Uma bandeira velha qualquer
Um baluarte, um estandarte, um propósito
Socorro!! Preciso de algo para sonhar!
Que me dê aquela força motriz adolescente
Aquele pão dormido que ninguém quer comer
Aquele canto guardado no fundo do meu cotidiano
Socorro!! Preciso de algo para viver!
Um passeio por aquele muro velho pichado
Uma luz nova pro meu farol arcaico
Uma afinação diferente para o velho violão
Socorro! Não estou sentindo nada...
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
É tão bom
É tão bom quando o sol
chega cedo só pra me lembrar
que a distância não sabe jogar sal no doce de leite...
chega cedo só pra me lembrar
que a distância não sabe jogar sal no doce de leite...
terça-feira, 22 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Presente
...então dei uma olhada no meu futuro
Vi que ele não sorriu pra mim
Talvez porque o meu passado me virou as costas
Só aí então notei que havia um presente em minhas mãos
Vi que ele não sorriu pra mim
Talvez porque o meu passado me virou as costas
Só aí então notei que havia um presente em minhas mãos
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
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