Dúvidas, vida, turbulência
Caminhos tortuosos abertos sem uma bússola aparente
Desbravados sob a dor da carne e do tamanho da alma
Faz a lógica parecer a personificação do caos
Acontecimentos, infortúnios, blasfêmias
Consequências de uma visão casta
Raspas de unhas na última pedra que beira o precipício
Dejetos do medo que não sabemos comedir
Chagas que a alma burlou em outrora
Cai no colo de personagens que trocaram de face
Forçando-nos a atuar no teatro da vida de maneira muito intensa
Sem ensaios, sem holofotes, sem platéia
Mas assim como a vida pune, ela traz a redenção
Enquanto os milhões de porquês minam uma mente sã
Aquele ciclo de amigos cheios de amores
Torna-se mais tenaz e impenetrável do que nunca
Um ciclo de indivíduos únicos e diferentes
Cada um com suas verdades, seus temores, suas vidas
De mãos dadas em nome de um amor imortal
Gerado por uma amizade que não conhece limites
Amizade sedimentada nas afinidades
De amores unidos pelas brilhantes diferenças
Onde juntos pulsam arte, lealdade, verdade
E erguem suas espadas contra qualquer mal desse mundo
Agora para você, meu querido irmão:
Quando um desafio grandioso se mostra presente
E nossos braços fingem desertar à luta
Busque no amor todas as armas do guerreiro salutar
Pois nessa guerra o seu exército é infinito
Ainda assim se sua mente fraquejar
E a derrota audaciosamente tentar lhe subir pela espinha
Busque um beijo da mulher que te ama
E convoque a todos que carinhosamente te chamam de AMIGO!
Por mais noites que venham o sol sempre insiste em amanhecer...