domingo, 7 de outubro de 2012


Senta comigo, amor
Olha aqui dentro o silêncio que você me deu
Toca em minha alma e me passa esse copo
Invade meu batom com esse seu riso frouxo

Toca em meu lar, amor
Arrisque mais que um traficante ousado
Cava mais fundo a cada beijo dilacerado
Entra em minha alma como quem chega em casa após um dia qualquer

Me dá sua mão, acende um cigarro
Compra um vinho, me arranca de mim
Sua língua, meu corpo, um gole, um amanhecer
Bonito, casado, na rua, no céu

Sem distância ao acordar
Tão longe ao adormecer
Me faz viciado, adicto, exagerado
Me mastigue mas não me cuspa no fim