Olá Querido,
É o último bilhete bilhete que te deixo
Agora estou sozinha
Refletindo sobre palavras que você mesmo me proferiu
Em um momento em que não pude digerí-las
Por causa da minha pouca sensatez
Ela mesma que tanto falta fez na puberdade
E que faz uma diferença absurda na fase adulta
Me desculpe, meu bem
Estou agora no quarto copo de whisky
Depois de uma noitada de muitos momentos tristes de prazer
Derramando lágrimas
As mesmas que um dia (tenho certeza) te fizeram desesperar
Mesmo sobre a dor, te peço sutil perdão
Neste momento ouço um disco de blues
Onde um velho compositor me ensina
Que o meu egoísmo que outrora me fazia forte
Deixou ruir o que de mais puro existia em nós
E hoje busco em cada corpo malhado
O cheiro que o seu suor me renegou
Só hoje percebo como fomos imprudentes
Ao deixar a ira nos dominar
Os jogos de te ver só me cegaram
Me conduziram aos atos mais estúpidos
Que te fizeram voar para brilhar em outro céu
Que não o meu...
Acredito que em sua melodia
Desfila a mais soberba alma feminina
O mais puro sentimento humano
A pureza do simples com a sofisticação do complexo
O verso vive na minha intensa infelicidade
Se as madrugadas não são minhas melhores companheiras
Podem se tornar as cúmplices mais profanas
Apesar de respirar o sagrado que vive em seus olhos
Curvo me à sua grandeza
E minh'alma derrete em sua profunda beleza
Com amor...
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Bilhete
Bom dia, querida!
Antes de sair de casa
Deixei meu coração aqui na bandeja
Em cima da mesa
Ao lado dele deixei uma faca
Daquelas de tratar carne
Limpa e amolada
Fiz isso pois tenho percebido
Que seu prazer ultimamente tem sido
Avariar meu peito
Agora não precisas mais de frases de efeito
Ou de sorrateiras agulhadas
Sente-se e divirta-se
Tome cuidado apenas com as artérias
Pois quero meu coração de volta no jantar
Quem sabe durante o sono ele se recupera
Por favor não mate-o
Como tentaste outras vezes
Mas acho que dessa vez não será possível reanimá-lo
Vê se não vai tratá-lo com ódio
Esse mesmo coração que te deu tanto amor
Mesmo surrado das suas torturas
Se por acaso ele ameaçar parar de bater
Dê-lhe dois beijos e diga que o ama
É a forma mais eficiente de prolongar sua sub-vida
Dentre tantos conflitos sangrentos
Cruzes e redenções
Sorrisos e lágrimas
Pensei até em me desculpar
Mas o limite do meu cartão de crédito acabou...
Antes de sair de casa
Deixei meu coração aqui na bandeja
Em cima da mesa
Ao lado dele deixei uma faca
Daquelas de tratar carne
Limpa e amolada
Fiz isso pois tenho percebido
Que seu prazer ultimamente tem sido
Avariar meu peito
Agora não precisas mais de frases de efeito
Ou de sorrateiras agulhadas
Sente-se e divirta-se
Tome cuidado apenas com as artérias
Pois quero meu coração de volta no jantar
Quem sabe durante o sono ele se recupera
Por favor não mate-o
Como tentaste outras vezes
Mas acho que dessa vez não será possível reanimá-lo
Vê se não vai tratá-lo com ódio
Esse mesmo coração que te deu tanto amor
Mesmo surrado das suas torturas
Se por acaso ele ameaçar parar de bater
Dê-lhe dois beijos e diga que o ama
É a forma mais eficiente de prolongar sua sub-vida
Dentre tantos conflitos sangrentos
Cruzes e redenções
Sorrisos e lágrimas
Pensei até em me desculpar
Mas o limite do meu cartão de crédito acabou...
Assinar:
Postagens (Atom)