sábado, 12 de julho de 2008

Boa noite, mãe

Boa Noite, mãe
Dorme com os anjos
Fica mais calma agora
Pode parar de chorar

O tempo tem sido um companheiro pra mim
Talvez nem tanto para você
Na verdade eu acho que ele foi companheiro sim
Mas amizade é uma seta de duas pontas...

Dorme com carinho, mãe
Senão o bicho papão te pega
Não, não! Não é do passado que estou falando
Tampouco do que carregas no peito

Sabe, mãe, eu tenho andado muito nervoso
Esse mundo é tão inconstante
Quando a gente pensa que pode voar
Esquece a tenacidade do chão

Pois é, mãe, aí é que o risco aumenta
O medo de chorar pode me tornar duro
Tenho medo de não conseguir escrever mais
Ou de parar de produzir músicas que te façam sorrir

Mas assim é a vida, mainha
A gente vive achando que ela cobra
Um monte de coisas da gente
E esquece do quanto que a gente cobra dela

Talvez eu não seja uma sala de estar
E nem você um salão de festas
Mas talvez mesmo cada um ao seu estilo
Possamos juntos numa mansão morar...

2 comentários:

Thiago Fonseca disse...

Quando eu digo que seu caráter e dignidade transborda e transperece em seus poemas é disto que falo:

"Mas assim é a vida, mainha
A gente vive achando que ela cobra
Um monte de coisas da gente
E esquece do quanto que a gente cobra dela"

Que bonito tecão, você sempre surpreendendo e o melhor, cada vez mais aberto pra escrever com a alma sem esconder muitas coisas...

te amo meu amigo.

ps: to devendo texto mas vou escrever logo.

Thiago Fonseca disse...

Aproveita visita o blog de meu pai: http://www.cronicasdeumtempo.blogspot.com/

=D