quinta-feira, 21 de junho de 2012

Passeando sob a chuva

Meus pés estão tocando o asfalto molhado
Começo a me acostumar com o frio intenso
Exercito minha paciência por não poder mudar o tempo
Mas o tempo tem me mudado bastante

As gotas d'água que respingam em meu rosto
Tem deixado minhas lágrimas diluídas
Minha boca rejeita a sede como força
Mesmo precisando dessa mesma água amarga

Por muito tempo tentei alcançar as núvens
Fazê-las afastar do meu campo verdejante
Tentei descolorir o cinza que pairava no firmamento
Até perceber que minhas mãos castas não tinham esse poder

Daquele tempo em diante segui com minha caminhada
Criei guarda-chuvas com minha própria imaginação
Entretanto melhor que esperar a chuva passar
É alegre aprender dançar e cantar sob as lágrimas que o mundo derrama em mim

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