No fundo, no fundo
Eu sigo caminhando
Meio capenga, meio trôpego
Um tanto quanto fatigado
No fundo, no fundo
Sigo olhando a luz do sol
Como um estandarte tinturado no céu
Como um lembrete sabe-se lá de quem
Que a vida continua
No fundo, no fundo
Continuo piegas, um tanto quanto bobo
Me emocionando com coisas que não emociona mais ninguém
Me alimentando de corações rachados, de sonhos rasgados
Divindo o pão com os famintos de alma
No fundo, no fundo
Eu nunca quis mudar
Você nunca me pediu isso
Você apenas sorri quando eu choro por dentro
Incapaz de me atirar uma única pedra
No fundo, no fundo
Sedimento com versos e canções
Uma existência pesada, tensa, cansativa
Um estômago dolorido que esconde um coração infantil
De um jovem aprendiz ousado e um sonhador subversivo
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
sexta-feira, 26 de junho de 2020
domingo, 26 de abril de 2020
Maré invisível
Começa o dia, o tempo canta sua canção
Um cheiro de café, o som de um caminhão
Já não sei se ouço músicas ou notícias
Tanto faz
Trabalho, casa, casa, trabalho
Pela janela veja a dança dos teimosos
Dos coitados, ignorantes do porvir
Meu coração é quem desaba do quinto andar
Nas perguntas sem fim
De uma criança curiosa
Mora a ansiedade adulta
Que com um fio de esperança
Em frente ao espelho da maturidade
Chora por pura ignorância
Na garganta carrego um nó
Que de teimoso não me deixa engolir
E mesmo olhando para o farol
Vendo a luz que se anuncia
Temo a ponte em que devo passar
Nessa intensa travessia
Que me inspira medo e fervor
Fecho os olhos e caminho
Altivo como um velho navegante
Comandando o meu navio
E me mantendo vivo frente ao terror
Um cheiro de café, o som de um caminhão
Já não sei se ouço músicas ou notícias
Tanto faz
Trabalho, casa, casa, trabalho
Pela janela veja a dança dos teimosos
Dos coitados, ignorantes do porvir
Meu coração é quem desaba do quinto andar
Nas perguntas sem fim
De uma criança curiosa
Mora a ansiedade adulta
Que com um fio de esperança
Em frente ao espelho da maturidade
Chora por pura ignorância
Na garganta carrego um nó
Que de teimoso não me deixa engolir
E mesmo olhando para o farol
Vendo a luz que se anuncia
Temo a ponte em que devo passar
Nessa intensa travessia
Que me inspira medo e fervor
Fecho os olhos e caminho
Altivo como um velho navegante
Comandando o meu navio
E me mantendo vivo frente ao terror
Assinar:
Postagens (Atom)