No fundo, no fundo
Eu sigo caminhando
Meio capenga, meio trôpego
Um tanto quanto fatigado
No fundo, no fundo
Sigo olhando a luz do sol
Como um estandarte tinturado no céu
Como um lembrete sabe-se lá de quem
Que a vida continua
No fundo, no fundo
Continuo piegas, um tanto quanto bobo
Me emocionando com coisas que não emociona mais ninguém
Me alimentando de corações rachados, de sonhos rasgados
Divindo o pão com os famintos de alma
No fundo, no fundo
Eu nunca quis mudar
Você nunca me pediu isso
Você apenas sorri quando eu choro por dentro
Incapaz de me atirar uma única pedra
No fundo, no fundo
Sedimento com versos e canções
Uma existência pesada, tensa, cansativa
Um estômago dolorido que esconde um coração infantil
De um jovem aprendiz ousado e um sonhador subversivo
Nenhum comentário:
Postar um comentário