Daqui do outro lado
Vejo a bela moça caminhar
Pôs dois brincos de brilhantes
Um vestido de veludo e um colar
Daqui do outro lado
Escondo-me dos teus olhos negros
Onde outrora vil me seduzia
Com pura beleza em teus cabelos
Daqui do outro lado
Não percebes que só eu
Compreendo sua amargura
Que de conta não se deu
Daqui do outro lado
Vejo as falácias das outras bocas
O veneno de suas vizinhas
Que a decaptam como vacas mocas
Daqui do outro lado
Vejo como estás tão triste
Sua casa não recebes mais visitas
Por causa do seu pobre ego riste
Daqui do outro lado
Sinto compaixão do seu estado
Seu coração grita batendo deseperado
Enquanto seu sorriso simpático morre calado
Daqui do outro lado
Imagino como duro deve ser
Ter cupins devorando seu peito
Enquanto o rosto não pode perecer
Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Posso esconder minha paixão
Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Tento esmaecer seu coração
Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Sinto a dor da tua solidão
Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Sinto-me incapacitado de abrir-me em suas mãos
Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado...
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Passeio na praça
Hoje caminhei pela praça
Estava um pouco nostálgico
Talvez triste
Um senhor reclamava do governo
Ele era servidor público
Reclama dos esquemas de corrupção que ele sabia
E isso havia afetado seu cargo
Quando o assunto mudou comentou com o mesmo amigo
O trabalho que deu para ele conseguir a escritura da sua casa
"Teve" que subornar alguns funcionários do cartório
Para que o processo "andasse mais rápido"
Uma criança estava no chão toda enrolada
Uma senhora se aproximou para dar-lhe comida
Uma outra criança veio correndo e puxou sua bolsa
E ela gritou, mas ninguém tomou uma atitude
Nem eu...
Vi estudantes reclamando como a praça estava suja
Nem desconfiavam que alguns metros antes eu já os observava
Alguns deles jogavam bitucas de cigarro no asfalto
E uma garota jogou o papel do picolé no chão
Um rapaz estava revoltado porque havia ficando alguns minutos preso numa porta giratória do banco
Lembrou-me um menor numa nota do jornal preso por fazer parte de uma quadrilha de assalto a banco...
Uma mulher passou esbravejando: "esse país é podre!"
Enfim a tarde caiu.
Pensativo fiquei.
Olhando a estátua do poeta
Me perguntei:
"Quem é o meu país?"
Estava um pouco nostálgico
Talvez triste
Um senhor reclamava do governo
Ele era servidor público
Reclama dos esquemas de corrupção que ele sabia
E isso havia afetado seu cargo
Quando o assunto mudou comentou com o mesmo amigo
O trabalho que deu para ele conseguir a escritura da sua casa
"Teve" que subornar alguns funcionários do cartório
Para que o processo "andasse mais rápido"
Uma criança estava no chão toda enrolada
Uma senhora se aproximou para dar-lhe comida
Uma outra criança veio correndo e puxou sua bolsa
E ela gritou, mas ninguém tomou uma atitude
Nem eu...
Vi estudantes reclamando como a praça estava suja
Nem desconfiavam que alguns metros antes eu já os observava
Alguns deles jogavam bitucas de cigarro no asfalto
E uma garota jogou o papel do picolé no chão
Um rapaz estava revoltado porque havia ficando alguns minutos preso numa porta giratória do banco
Lembrou-me um menor numa nota do jornal preso por fazer parte de uma quadrilha de assalto a banco...
Uma mulher passou esbravejando: "esse país é podre!"
Enfim a tarde caiu.
Pensativo fiquei.
Olhando a estátua do poeta
Me perguntei:
"Quem é o meu país?"
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