quarta-feira, 14 de novembro de 2007

O outro lado da rua

Daqui do outro lado
Vejo a bela moça caminhar
Pôs dois brincos de brilhantes
Um vestido de veludo e um colar

Daqui do outro lado
Escondo-me dos teus olhos negros
Onde outrora vil me seduzia
Com pura beleza em teus cabelos

Daqui do outro lado
Não percebes que só eu
Compreendo sua amargura
Que de conta não se deu

Daqui do outro lado
Vejo as falácias das outras bocas
O veneno de suas vizinhas
Que a decaptam como vacas mocas

Daqui do outro lado
Vejo como estás tão triste
Sua casa não recebes mais visitas
Por causa do seu pobre ego riste

Daqui do outro lado
Sinto compaixão do seu estado
Seu coração grita batendo deseperado
Enquanto seu sorriso simpático morre calado

Daqui do outro lado
Imagino como duro deve ser
Ter cupins devorando seu peito
Enquanto o rosto não pode perecer

Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Posso esconder minha paixão

Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Tento esmaecer seu coração

Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Sinto a dor da tua solidão

Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado
Sinto-me incapacitado de abrir-me em suas mãos

Daqui do outro lado
Só daqui do outro lado...

Um comentário:

Gloria Lemos disse...

apenas daqui do outro lado....às vezes só se pode ver muitas coisas do lado oposto ao da situação, só aqui do outro lado, apenas assim poderemos perceber o que é diametralmente oposto...bom texto!