quarta-feira, 19 de março de 2008

Não há coisa pior no mundo do que ver uma lágrima no rosto de quem se ama. Aquela gota despretensiosa desce no coração como uma navalha afiada, jogando artérias e veias para cima, divindo ventrículos como pudim... Nesse momento não importa mais de quem foi a culpa. Não importa o motivo, não importa o problema. O único sentimento que fica é o amor mais puro e visceral. Aquele que te impulsiona a abraçar o ser amado como quem abraça o mundo em dias de sol. Um abraço sem mágoas, sem conceitos nem pré-conceitos, um abraço de pai. Ou de mãe. Ou dos dois... Que coisa estranha é o amor. Une o céu e o inferno em segundos, devasta países e promove a indêpendência em minutos. Bom, apenas um pedido de desculpa proferido levanta a bandeira branca. O nó na garganta se desfaz, o corpo pára de tremer, os olhos umedecem novamente e o beijo brota com um sabor inigualável de saudade.

Quando duas pessoas se amam de verdade elas SEMPRE, SEMPRE, SEMPRE querem o melhor uma para a outra. Afinal de contas as duas almas estão eternamente se fundindo. Logo não há como desejar nem causar o mal a si mesmo, já ambos formam apenas um.

Posso parecer piegas, mas como eu mesmo disse nesse mesmo blog há algum tempo, "O amor é piegas, o amor é brega (...) O amor é a minha cueca furada!".

Quem nunca errou que atire a primeira pedra.

Um comentário:

Thiago Fonseca disse...

Obrigado por me fazer chorar, me emocionando com um texto cuja origem eu a conheço, em parte, por ser seu amigo. Que força é essa que te faz escrever "simplicidades" que faz um amigo se arrepiar só de ler poucas palavras? De longe me emociono e fico feliz por ler textos assim, pois a magia está no "querer", querer dizer algo desabafar algo, mas sempre com o pé na honestidade de sentimento que você tem de sobra.

Como já disse outrora:

Es o maior compositor da cidade de Salvador, cuja obra pouquíssimos iram sentir em sua profundidade e grandeza (EU ME INCLUO). E acima de tudo, a SINCERIDADE de uma alma verdadeira e completamente humana.

Obrigado