sexta-feira, 27 de junho de 2008

Natália

Natália está com medo
Ela se sente acuada
Aqui está tão quente
O silêncio é a verdade

Natália está tensa
O fim está próximo
Ela que nunca vira a luz
Sentiu-se cega e impotente

Natália sente o adeus
Algo está errado
Muito sons a apavora
Ela sente seu corpo sendo sugado

Natália não entende
Tamanho ato de estupidez
Ao morar onde a vida se concebe
Fez-se lápide o berço da vida

Natália não está mais só
Agora está acolhida
O pânico pereceu após a dor
Sob a luz definha seu último suspiro

Natália não deveria morrer
Pois sem opção a sua vida foi negada
Interrompida sem sequer ser consultada
E sua vida resumida a três meses de inocência

Nenhum comentário: