Estamos perdendo nosso tempo
Jogando as oportunidades no lixo
Cagando sobre cada traço de luz
Cegos marchando para o precipício
Nos perdemos em labirintos
Criados pela nossa lucidez
Tão fascinantes quanto truques de mágica
Tão vazios quanto a minha estupidez
Deixamos o relógio correr solto
Blindamos nossos egos hermeticamente perfeitos
Como se pudéssemos amarrar a perfeição
E derramá-la em nossos corações
Como somos pequenos
Cultivando nossa insensatez
Tentando transpor portões altivos
Sem nem mesmo saber o que está por trás da muralha
Somos um pobres boçais
Coroamos reis pobres em nossas barrigas
Acendendo a brasa por trás das costelas
E cantando nossas misérias para ouvidos surdos
Vamos celebrar cada dia de finados
Crucificar cada entonação
O amor está quase se cansando
Isso não é uma rebelião
Somos sementes jogadas ao acaso
Sem opção de onde germinar
Somos gigantes guardado em pequenos armários
Somos faróis, fortes e premeditados
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