Pra quê todo esse requinte
E distância ao me abraçar?
Exibir esse sorriso bobo
Fingindo não ter segundas intenções
Escrevemos juntos um história sem fim
Recheadas de comédia, romantismo e drama
Somos filhos de sonhos órfãos
Magoados pelas janelas abertas ao inverno
Você que sempre me prometeu
Todo o amor que a vida lhe pulsou
Agora trava a garganta e sorri
Enquanto enlouquecemos nossos quadris
Coisas de dois corpos dependentes
Que como crianças ainda choram sozinhos
Ainda que eu deslize suavemente o doce na sua boca
Te ponha em meu colo e comece a ninar
Você mal sabe em que esquinas debandei
Derramando seu recheio pouco a pouco
Enchendo meu corpo de amores vadios
Pulverizando nos outros que mais amo em você
E como covardes fugimos da dor
Numa saída careta e mesquinha
É como ter nossas asas decepadas
E ainda assim pularmos felizes no precipício
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