A inveja pode ser um grito desesperado da alma
Por detectar que outro possui algo (ou é) que você não tem
Ainda...
A inveja move, comove e remove
Depende de onde você a deixa hibernando
Na cabeça, no coração, no pé...
Certamente se você deixá-la na cabeça
Seu sono será inconstante, sua produção doente
E sua verdade será torta
Nada será capaz de te tornar feliz
Pois a sombra do sucesso do objeto invejado
Sempre encobrirá o seu âmago de luz
Entretanto se você alojá-la no coração
A coisa se complica: dar-se-á início ao processo de "endodestruição"
Você contra você mesmo
Nessa história o brilho de sua alma caberá em uma caixa de fósforo
Tamanho será a humilhação e auto-piedade que você impostará sobre si mesmo
E por mais que o amarelo brilhe seu azul marinho nunca será suficiente
Aí vem a melhor parte da história: o pé!
Quando sua inveja desce para o pé ela te move
Pois a amargura de não ter ou ser o que se quer torna-se força motriz
Não existe mais o ser odiado. Não existe a sensação de amputação
Pois você internalizou que o outro é o que é por puro merecimento
E então sua admiração tomará conta das suas emoções
Espelhar-se em luz torna o ser em reflexo
Uma mistura do que se é com o que se quer
Uma fusão perfeita de qualidades inerentes com adquiridas
E nesse momento a plenitude te levará ao cume do mundo
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
O vício
Que lá esteve durante tanto tempo
Usando meus medos como força motriz dos meus sonhos
Tomando conta da minha sensatez
Que lá hibernou invernos a fio
Calou meu canto mas não o meu encanto
Cegou minha mente para a beleza do outro lado do rio
Que de Narciso fez-se Medusa
Empedrando tudo que não era espelho
Até conseguir congelar meus punhos
Que com tanta força acorrentou o vento
Da grande leveza de radiar o que se é
Sem máscaras, maquiagem ou silêncio
Que da dependência tornou-se inconsciente
Fazendo-me agir, pensar e atuar na minha roda-viva mental
Enraizando seus tentáculos até no meu bom dia
Que de tanta força quebrou minha liberdade
Tornou-me escravo e antítese do que mais amo
Cifrou dissonância na mais bela harmonia do universo
Que do ódio e rejeição me vicie em desgostar
Agredindo pobre sinceros e suas mentiras verdadeiras
Comprimindo meu ego claustrofobicamente
O vício me fez um exílio de mim mesmo
Erradicou a inocência, tapou meus ouvidos amplificados
E sentenciou a abstinência à prisão perpétua
Ah! Que saudade da minha virgem inocência!
Usando meus medos como força motriz dos meus sonhos
Tomando conta da minha sensatez
Que lá hibernou invernos a fio
Calou meu canto mas não o meu encanto
Cegou minha mente para a beleza do outro lado do rio
Que de Narciso fez-se Medusa
Empedrando tudo que não era espelho
Até conseguir congelar meus punhos
Que com tanta força acorrentou o vento
Da grande leveza de radiar o que se é
Sem máscaras, maquiagem ou silêncio
Que da dependência tornou-se inconsciente
Fazendo-me agir, pensar e atuar na minha roda-viva mental
Enraizando seus tentáculos até no meu bom dia
Que de tanta força quebrou minha liberdade
Tornou-me escravo e antítese do que mais amo
Cifrou dissonância na mais bela harmonia do universo
Que do ódio e rejeição me vicie em desgostar
Agredindo pobre sinceros e suas mentiras verdadeiras
Comprimindo meu ego claustrofobicamente
O vício me fez um exílio de mim mesmo
Erradicou a inocência, tapou meus ouvidos amplificados
E sentenciou a abstinência à prisão perpétua
Ah! Que saudade da minha virgem inocência!
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