A inveja pode ser um grito desesperado da alma
Por detectar que outro possui algo (ou é) que você não tem
Ainda...
A inveja move, comove e remove
Depende de onde você a deixa hibernando
Na cabeça, no coração, no pé...
Certamente se você deixá-la na cabeça
Seu sono será inconstante, sua produção doente
E sua verdade será torta
Nada será capaz de te tornar feliz
Pois a sombra do sucesso do objeto invejado
Sempre encobrirá o seu âmago de luz
Entretanto se você alojá-la no coração
A coisa se complica: dar-se-á início ao processo de "endodestruição"
Você contra você mesmo
Nessa história o brilho de sua alma caberá em uma caixa de fósforo
Tamanho será a humilhação e auto-piedade que você impostará sobre si mesmo
E por mais que o amarelo brilhe seu azul marinho nunca será suficiente
Aí vem a melhor parte da história: o pé!
Quando sua inveja desce para o pé ela te move
Pois a amargura de não ter ou ser o que se quer torna-se força motriz
Não existe mais o ser odiado. Não existe a sensação de amputação
Pois você internalizou que o outro é o que é por puro merecimento
E então sua admiração tomará conta das suas emoções
Espelhar-se em luz torna o ser em reflexo
Uma mistura do que se é com o que se quer
Uma fusão perfeita de qualidades inerentes com adquiridas
E nesse momento a plenitude te levará ao cume do mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário