quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

É meu irmão...

É Edílio, e agora meu irmão?
Enxuga essas lágrimas com calma
Pois é uma conversa complicada de se ter
Depois de tanto tempo sem a gente se encontrar

Eu sei que conselhos não são bons guias
Cada um deve procurar ouvir a sua intuição
Mas você sempre procurou os caminhos mais curtos
E não quis aprender com as migalhas da vida

Tantas vezes te vi usando seu rosto bonito
Para ser idolatrado como um Deus oco
Só que a vida não se importa com os teus olhos
É na alma que ela gosta de tocar

Às vezes, quando nos surdamos por vontade própria
Ficamos alheios aos principais caminhos
Passamos por cima daquilo que cultivamos por toda a eternidade
Nosso brilho vital

A carne pode até ser saborosa
As mulheres devassas, as bebidas confortantes
As drogas aliviantes, os sorrisos insossos
O universo mais superficial

Mas cá pra nós Edílio
Ergue essa cabeça
A vida não pára porque você a judiou
Ainda assim ela quer te dar a mão

Pensa como anda seu coração
Esquecido junto com as cinzas do teu cigarro
Trata-o com a mais tenra compaixão dos teus olhos
Exercita a paciência e retrata-te o resplendor

Talvez o segredo do sucesso
Esteja em saber aguardar que os bons frutos venham a nós
Mas também tenha a sabedoria e inteligência
Para da melhor forma plantar e regar...

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