segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Menina

Ah! Aquela menina!
Que quando encosto o canto do olho
Sinto um furacão dilacerando minhas costelas

Ah! O sorriso!
Sinto seu arco-íris de pureza
Dando cores aos mais escuros cantos

Ah! Se eu conseguisse
Levá-la para meu mundo
Amá-la-ia como o sol brilha em dias de chuva

Ah! Seu perfume
Que adoça meus pulmões
E enche minha triste carne de alegria

Ah! Sua boca!
Onde moram os meus mais eróticos desejos
E faz minhas veias dançarem dentro de mim

Ah! Sua inocência
Que como estrelas jogadas ao infinito
Pulveriza a minha timidez e me entorpece

Ah! A sua voz!
Que canta e encanta os meus ouvidos surdos
Que eleva e me leva aos sonhos de Eva

Ah! A realidade
Que a torna tão imprópria e arrogante
Que extermina jardins cultivados para sua beleza

Ah! Suas atitudes
Que me matam de compaixão
Ao se desdizer enquanto bela

Ah! Seus maltratos
Que como seca no sertão
Acaba com as vidas mais belas da natureza

Ah! Suas palavras de fel
Emudecem os corações tão puros
Enfeia as almas mais graciosas

Ah! Seus olhos tristonhos
Cortam meu coração como pudim
Enquanto vagarosamente petrifica e apodrece o seu

Pobre menina bela
Assim como um conto de fadas
És tão bela como as ninfas
E tâo feia como as madrastas

Nenhum comentário: