Nunca fui um daqueles meninos
Que precisava de muita atenção
Aprendi desde cedo a me virar sozinho
Mas os dias chuvosos ficam estranhos
Pois o mundo muda de maquiagem
E nos mostra uma outra face
Esse mundo que nos cobra o que não dá
Sua única chance normalmente é a última
Sua vontade verdadeira não parece comovê-los
Vivemos nessa máquina moedora
Rolo compressor desse amor que deveríamos exprimir sempre
E como andorinhas orgulhosas tentamos frear as engrenagens
Então vamos lá! Levantemos das poltronas
Vamos nos munir de arte, sabedoria e vozes
Pois somos filhos de soldados cansados
Nossa vontade tem que mudar alguma coisa
Nossa vocação talvez seja o dedo de Deus nos apontando para a direção correta
Onde talvez possamos modificar ao menos um desses milhões de mundos
Mundos? Do que você está falando?
Estou falando das mãos estendidas, dos abraços sinceros, dos beijos apaixonados
E de todas as balas e bombas que os noticiários nos jogam na cara
São todos traços dos outros mundos
Aqueles que nos interceptam ou não
...
Na verdade todos eles nos interceptam...
Um comentário:
Um clichê bem verdadeiro: um bom desafio e primeiro passo, é mudar a si mesmo. E o mundo muda depois... muda mesmo.
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