Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
sábado, 24 de novembro de 2012
Hoje a primavera acordou mais cedo
Trouxe-me lembranças de uma caminhada vitoriosa
Lá do fundo do mundo de onde Deus te colocou para mim
Até onde finalmente conseguimos caminhar
As curvas acidentais, os espinhos caídos no chão
Os sorrisos escapulidos, o suor tão belo
São apenas pequenas marcas de um amor imperfeito
Totalmente perfeito dentro de nossas limitações
Lá onde um dia colhi flores do éden
Que não mais murcham nas minhas mãos
Por cada dia que você deixou o meu céu sem nuvens de féu
Por suas belas mãos que enchem meu mundo de luz
Como um andarilho por esse mundo torto
Dançando valsas, tantos "boa-noites" que não são os últimos
Contando histórias com finais felizes
Para que eu durma em paz ao seu lado
Você, com seu semblante angelical matinal
Me ensina ao seu modo o risco de se ser feliz
Enche meu peito de gratidão
Me faz tão forte e ao mesmo tempo apenas um menino tímido
Seu riso frouxo que transforma a nossa vida cotidiana em "idiota"
Converte um dia simples numa terra dos sonhos
E sem saber como nem porquê
Você continua abrindo a janela da minha alma
Hoje iniciamos uma nova caminhada
Outros fatos, sempre as mesmas e belas opiniões
Fazendo do meu mundo, nosso
Abrindo nossos corações para as próximas primaveras
Com as mãos erguidas para o céu
Com os olhos grudados aos teus
Abro o peito, gargalho em silêncio
Por ter a sorte de um amor tranquilo...
domingo, 7 de outubro de 2012
Senta comigo, amor
Olha aqui dentro o silêncio que você me deu
Toca em minha alma e me passa esse copo
Invade meu batom com esse seu riso frouxo
Toca em meu lar, amor
Arrisque mais que um traficante ousado
Cava mais fundo a cada beijo dilacerado
Entra em minha alma como quem chega em casa após um dia qualquer
Me dá sua mão, acende um cigarro
Compra um vinho, me arranca de mim
Sua língua, meu corpo, um gole, um amanhecer
Bonito, casado, na rua, no céu
Sem distância ao acordar
Tão longe ao adormecer
Me faz viciado, adicto, exagerado
Me mastigue mas não me cuspa no fim
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.
O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.
O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.
O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Cecília Meireles
sábado, 8 de setembro de 2012
Até a próxima estação
O tempo de espera acabou
O som estridente do apito do trem
Me diz que é hora de carregar as malas
Com aquele clima noir no ambiente
Entro no velho amigo vagão
Acomodo minhas malas no espaço que sobrou
Sento meio desconfiado e olho pro horizonte
Esse mesmo trem que me guiou até aqui
Entra em movimento vagarosamente
Aos poucos vejo as luzes daquela bela estação
Diminuirem no foco do infinito
Silenciosamente travo em minha cabeça um diálogo tarantinesco
Faço um balanço, cato minhas certezas
Tão pequenas quanto as luzes da última estação
Sorrateiramente o sono faz minha cabeça pesar
Com os olhos cerrados abro alas para um sonho bom
Bonito, azul, um pouco frio talvez
Nele estou com minha foice na mão
Cabeça erguida, espinha ereta
Na retina uma plantação tão grande que faz meu peito apertar
E com um leve sorriso no rosto começo a capinar o meu trigal de interrogações
terça-feira, 4 de setembro de 2012
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Um copo de clave e dois gelos dissonantes
Sob a euforia de sentir as veias pulsando vibrantemente
Com os dedos calejados do violão amigo
Com a alma colorida de fermatas curtas
Sinto o poder que almas gêmeas possuem em sua essência
Deixo-me derramar em doses de alegria com gelo
Saboreando o que há de mais belo na natureza
Deixando as mínimas e semínimas dançarem ao meu redor
Que em outrora cego, agora florescente
Onde a garganta irritada encontra seu lugar
Quando o amor cifra seus tentáculos
Lá em que lugar o lugar deu lugar ao bordão
Em que refrão podemos nos abraçar e cantar?
Cata-me de onde nunca quis estar
Agora me afaga com sua afinação
Leva-me contigo para onde Deus criou a beleza
E juntos faremos o céu expandir em nossos acordes
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Passeando sob a chuva
Meus pés estão tocando o asfalto molhado
Começo a me acostumar com o frio intenso
Exercito minha paciência por não poder mudar o tempo
Mas o tempo tem me mudado bastante
As gotas d'água que respingam em meu rosto
Tem deixado minhas lágrimas diluídas
Minha boca rejeita a sede como força
Mesmo precisando dessa mesma água amarga
Por muito tempo tentei alcançar as núvens
Fazê-las afastar do meu campo verdejante
Tentei descolorir o cinza que pairava no firmamento
Até perceber que minhas mãos castas não tinham esse poder
Daquele tempo em diante segui com minha caminhada
Criei guarda-chuvas com minha própria imaginação
Entretanto melhor que esperar a chuva passar
É alegre aprender dançar e cantar sob as lágrimas que o mundo derrama em mim
Começo a me acostumar com o frio intenso
Exercito minha paciência por não poder mudar o tempo
Mas o tempo tem me mudado bastante
As gotas d'água que respingam em meu rosto
Tem deixado minhas lágrimas diluídas
Minha boca rejeita a sede como força
Mesmo precisando dessa mesma água amarga
Por muito tempo tentei alcançar as núvens
Fazê-las afastar do meu campo verdejante
Tentei descolorir o cinza que pairava no firmamento
Até perceber que minhas mãos castas não tinham esse poder
Daquele tempo em diante segui com minha caminhada
Criei guarda-chuvas com minha própria imaginação
Entretanto melhor que esperar a chuva passar
É alegre aprender dançar e cantar sob as lágrimas que o mundo derrama em mim
terça-feira, 5 de junho de 2012
Sofia
Branca sobre o mar
Sinto seu sorriso despertar
Apesar de não estar aí
Sei que está no meu peito
Minha pequenina
Tenha calma quando a dor pintar
E suas cores amedrontar
Simplesmente respire
Saiba que o tempo não irá descolorir
Cada bom momento que viveu
Aquela criança enfim cresceu
Teus lindos cachos
Teu olhar de medo encontra o meu
Como se eu pudesse ver
Todas as suas dúvidas
Mas compreenda
Também sou assim como você
Sou tão frágil mas tão tenaz
És a minha Sofia
Quero que a razão lhe pulse em toda devoção
Não reaja contra toda dor
E você os ensinará o amor
Voz e Violão: Mateus Lopes
Letra: Mateus Lopes
Esta é uma versão da música "Ontario" da banda No Use For A Name, composta por Tony Sly.

Este obra foi licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 Unported.
sábado, 26 de maio de 2012
Despertar
Hoje eu despertei
Pra um mundo em mim
Quanto mais vivi
Menos me inspirei
Todo amanhecer
Ao se apresentar
Traz renovações
Que eu preferia não provar
O meu peito arde
Por não ter um sol
Que me traga vista
De um lugar melhor
Pois se tudo tem
O seu tempo então me diz
Se o tempo tem coragem
De me convencer
Que a vida é mesmo justa
Mesmo quando eu
Desmonto a verdade
E faço o papel de Deus
Eu vou dissimulando
Enganando os inimigos
Me finjo de morto
Só para encontrar um abrigo
Então por gentileza
Me afague o coração
Me conte a verdade
E aperte a minha mão
Eu não sou mais criança
Pode até me castigar
Mas diga se ao final
Teremos o que comemorar
Sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
Nas tuas mãos distraídas...
Que importa restarem as cinzas
Se a chama foi bela e alta?
Uma vida não basta ser vivida
Ela precisa ser sonhada
Composição: Mateus Lopes
Todos os instrumentos gravado por: Mateus Lopes
terça-feira, 15 de maio de 2012
Filha do Sol
Preto seu olhar atravessa o horizonte
Ela só não quer dançar
Sabe como dói não ter um par tão condizente
Ela espera seu herói
Se fosse fácil abraçar o que deseja
O tempo não seria um mal-me-quer
Pois ela tem no peito um brilho
Que a torna mais que uma mulher
E se eu fizer o tempo acelerar?
E se eu deixar o sol na minha mão?
Eu já nem sei
Se ainda sou o homem que
Vencia a todos para não te ver chorar
Loucos pela carne os tolos fogem ao seu encanto
Ela só não quer deitar
Sei que sutilmente ela chora pelos cantos
Ser tão bela às vezes dói
O meu medo é que a mágoa tome espaço
Que seria de um intenso amor
E faça da sua rica vida
Uma ilha cheia de rancor
E se eu fizer o medo evaporar?
E se eu flertar com essa interrogação?
Mas hoje eu sei
Ainda sou o homem que
Vence a todos para não te ver chorar
Dona do seu sol, caminhando lentamente
Ela agora que dançar...
Composição: Mateus Lopes
Voz e Violão: Mateus Lopes

Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
O que você faria
O que você faria com a sua dor?
O que você faria para enganar o amor?
Pedaços que vão
Não quero esquecer das escolhas passadas
Agir, conseguir, lutar nunca foi em vão
O que você faria para enganar o amor?
Pedaços que vão
Não quero esquecer das escolhas passadas
Agir, conseguir, lutar nunca foi em vão
Você me contaria sobre a sua dor?
E descobriria que caminho eu vou
Eu acho que não conheço meus passos
Passados são abraços sem mãos
Querer insistir, chorar não é vergonha não
E descobriria que caminho eu vou
Eu acho que não conheço meus passos
Passados são abraços sem mãos
Querer insistir, chorar não é vergonha não
Composição: Thiago Fonseca
Execução: ACME (não tenho a ficha técnica completa)
terça-feira, 8 de maio de 2012
Plenitude
Se você disser que o medo não dói mais
Que não sou capaz de ver
O que fazer quando tudo mudar
E nunca mais deixar de te ver
Mas sei que não serei capaz de te igualar
E o amor que luta para poder nos libertar
Paz, quero falar com começo, meio e fim
Coisas que me fazem sorrir
A solidão e o frenesi
Parecem que nunca terão fim
E nunca mais deixar de te ver
Mas sei que não vou te perdoar
se alguém roubar o valor de todo o meu viver
Pra sempre: tudo justifica pelo amor
Composição: Thiago Oliveira (http://juramentodigital.blogspot.com.br/)
Voz e Violão: Mateus Lopes

Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Dias de Sol
Tem dias de sol que o olho só enxerga cinza
Por mais luz que atinja a retina
Por mais cor que o mundo insista em tinturar na janela
O olho insiste em ver o cinza
Talvez a aquarela viva de cores frias
Que uma mente irrequieta tinge sem muito pudor
Acabe trazendo traços de realidade a cores mentirosas
E suas curvas malditas delineem um mundo selvagem
Dentro da mente os tons se fundem
Como gotas de chuva sobre uma tela em branco
Onde a incoloração da água caída
Seja capaz de tinturar o amor maior
Mesmo quando trovões rasgam o inconsciente
E o corpo parece não mais querer mover-se
É na grandiosa vivência da arte latente
Que o homem nasce a cada dia como quem vive eternamente
Por mais luz que atinja a retina
Por mais cor que o mundo insista em tinturar na janela
O olho insiste em ver o cinza
Talvez a aquarela viva de cores frias
Que uma mente irrequieta tinge sem muito pudor
Acabe trazendo traços de realidade a cores mentirosas
E suas curvas malditas delineem um mundo selvagem
Dentro da mente os tons se fundem
Como gotas de chuva sobre uma tela em branco
Onde a incoloração da água caída
Seja capaz de tinturar o amor maior
Mesmo quando trovões rasgam o inconsciente
E o corpo parece não mais querer mover-se
É na grandiosa vivência da arte latente
Que o homem nasce a cada dia como quem vive eternamente
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Na Vitrola
O que você faz quando a noite cai?
Quando no céu vem rasgando um cometa
Um zoom entre as estrelas
É quando a solidão aparece
Com um vinho barato na mão
Trazendo consigo os teus pensamentos mesquinhos
O que você faz?
O que você faz?
Puxa os cabelos, se embriaga
Fugindo de si mesma
Acorrentando a paz
O que você faz quando a noite se vai?
Pega o telefone tremendo
Me liga afobada
Quais são as palavras que você evita dizer?
Confunde a verdade e se entrega ao prazer
O que você faz?
Vê estrelas demais!
É quando a história recomeça
E a garrafa seca
Aí sinto o que é você
Na vitrola um sonho se faz
Eu rasgo a coleira
Te deixo sem roupa e sem cais
Mas veja você minha alma querida
Os encantos que a noite traz
Meu amor...
O eterno é breve demais!
O que você faz...?
Composição: Mateus Lopes e Thiago Colares
Voz e violão: Mateus Lopes
Piano: Saulo Gama (http://www.pianistasdesalvador.com.br/saulo.htm)

Este trabalho foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Aquele garoto
Foi-se um tempo em que eu acreditava
Em todas as premissas de justiças universais
Onde toda a energia canalizada no motor de um sonho
Pudesse torná-lo realidade
Percebo então que todo o anseio que minha alma tem
Toda a vontade verdadeira de alcançar cume do mundo
Pode no fundo, bem lá no fundo
Estar adoecendo meu corpo
"Aquele garoto que ia mudar o mundo
Assiste a tudo em cima do muro"
Pago o preço de minhas escolhas
E me recuso a pôr a culpa em alguém
Culpa? Não sei bem se isso define o que se passa
Toda luz gera uma sombra, e essa daí tem me assustado
Descobrir que você possui características que você abomina dói
Um dor que paralisa seus membros
Até quando isso vai durar? Não sei
Até onde isso vai me levar? A uma renovação, espero
Ficar em cima do muro apontando dedos é muito confortável
Mas isso causa dores dilacerantes e atrasa minha caminhada
É hora de descer e carregar as armas...
Em todas as premissas de justiças universais
Onde toda a energia canalizada no motor de um sonho
Pudesse torná-lo realidade
Percebo então que todo o anseio que minha alma tem
Toda a vontade verdadeira de alcançar cume do mundo
Pode no fundo, bem lá no fundo
Estar adoecendo meu corpo
"Aquele garoto que ia mudar o mundo
Assiste a tudo em cima do muro"
Pago o preço de minhas escolhas
E me recuso a pôr a culpa em alguém
Culpa? Não sei bem se isso define o que se passa
Toda luz gera uma sombra, e essa daí tem me assustado
Descobrir que você possui características que você abomina dói
Um dor que paralisa seus membros
Até quando isso vai durar? Não sei
Até onde isso vai me levar? A uma renovação, espero
Ficar em cima do muro apontando dedos é muito confortável
Mas isso causa dores dilacerantes e atrasa minha caminhada
É hora de descer e carregar as armas...
quarta-feira, 7 de março de 2012
O silêncio das bocas
Dezenas de bocas movendo seus lábios pra mim
Acho que meu ouvido entupiu
Não consigo ouvir sequer uma palavra
Alguém tem algum dublador aí?
Às vezes tento me comunicar com essas bocas
Calmo grito, desesperado me calo
Mas elas só aprenderam a falar e se esqueceram de ouvir
E meu peito insiste em não guardar nada só pra mim
Minha fantasia vive em compartilhar, dialogar
Mas essas bocas não conseguem me dizer nada
E sem nada para ouvir fica difícil dizer algo
Deus sabe o quanto que esse silêncio me incomoda
Será que sem palavras eu consigo fazê-las ouvir algo?
Componho uma canção, escrevo um livro, filmo uma história
E então, finalmente uma reação!
A arte quanto capta suas almas faz suas bocas calarem e lentamente sorrir
Acho que meu ouvido entupiu
Não consigo ouvir sequer uma palavra
Alguém tem algum dublador aí?
Às vezes tento me comunicar com essas bocas
Calmo grito, desesperado me calo
Mas elas só aprenderam a falar e se esqueceram de ouvir
E meu peito insiste em não guardar nada só pra mim
Minha fantasia vive em compartilhar, dialogar
Mas essas bocas não conseguem me dizer nada
E sem nada para ouvir fica difícil dizer algo
Deus sabe o quanto que esse silêncio me incomoda
Será que sem palavras eu consigo fazê-las ouvir algo?
Componho uma canção, escrevo um livro, filmo uma história
E então, finalmente uma reação!
A arte quanto capta suas almas faz suas bocas calarem e lentamente sorrir
segunda-feira, 5 de março de 2012
A praia e o tempo
De agora em diante decidi tomar as redeas do tempo
Irei cavalgar sobre as horas como eu bem entender
Os minutos me alimentarão a todo instante
Mantendo minha esperança viva a toda prova
O tempo, senhor de si, tem sido um companheiro fiel
Cuida de mim como uma mãe atenciosa
Que do seu bebê não desgarra e amamenta
Mas respeita sua individualidade latente
Meus anseios estão devorando a minha inércia
Minhas verdades caídas não mais me vendam os olhos
Hoje piso na beira do mar com os mesmos pés de outrora
Mas as ondas nunca se repetiram uma vez sequer
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Dentro da roupa de chumbo
Abrindo os olhos pela primeira vez
Sentiu a dificuldade de movimentar-se
O oxigênio causava-lhe algum desconforto
Dentro da roupa de chumbo
Era difícil conter todo aquele sol ali dentro
Um força vital louca para se expandir
Vivendo uma claustrofobia assustadora
Dentro da roupa de chumbo
Aquela barreira não seria maior que sua essência
Aprendeu pouco a pouco a lidar com a solidez
Suas faculdades eram muito pouco aproveitadas
Dentro da roupa de chumbo
Mas sabia que havia algo grandioso a ser feito
Esperava a cada amanhecer como se fosse o derradeiro
Sua capacidade de compreensão o manteve são
Dentro da roupa de chumbo
Percebia que as dificuldades sofridas pelo peso
De alguma maneira o fazia caminhar
E quanto mais caminhava mais queria sair
De dentro da roupa de chumbo
Não sabia se era castigo ou redenção
Sofria de uma aflição tremenda
Por querer caminhar através do fogo
Dentro da roupa de chumbo
Quando não havia mais nada para doar
Ou aprender com o quinhão que lhe foi concedido
Sorridentemente viu-se grandioso novamente
Por ter deixado para trás a sua roupa de chumbo
Sentiu a dificuldade de movimentar-se
O oxigênio causava-lhe algum desconforto
Dentro da roupa de chumbo
Era difícil conter todo aquele sol ali dentro
Um força vital louca para se expandir
Vivendo uma claustrofobia assustadora
Dentro da roupa de chumbo
Aquela barreira não seria maior que sua essência
Aprendeu pouco a pouco a lidar com a solidez
Suas faculdades eram muito pouco aproveitadas
Dentro da roupa de chumbo
Mas sabia que havia algo grandioso a ser feito
Esperava a cada amanhecer como se fosse o derradeiro
Sua capacidade de compreensão o manteve são
Dentro da roupa de chumbo
Percebia que as dificuldades sofridas pelo peso
De alguma maneira o fazia caminhar
E quanto mais caminhava mais queria sair
De dentro da roupa de chumbo
Não sabia se era castigo ou redenção
Sofria de uma aflição tremenda
Por querer caminhar através do fogo
Dentro da roupa de chumbo
Quando não havia mais nada para doar
Ou aprender com o quinhão que lhe foi concedido
Sorridentemente viu-se grandioso novamente
Por ter deixado para trás a sua roupa de chumbo
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