O sol se pôs após 6 anos de verão
A caminhada findou-se
As cortinas fecharam-se e o público aplaudiu
As luzes esmaeceram lentamente
Um ciclo perfeitamente cilíndrico fechou-se
Em alguns pontos pareciam mais montanhas russas
Em outros me senti em um avião turbinado em direção ao sol
Mas o sol se pôs...
As mãos calejadas dadas
Com resquícios de pólvora em suas palmas
Elos construídos com a solidez da amizade
Um tanto quanto arranhados, mas jamais destruídos
Talentos somados em nome de um sonho
Erguido com suor, vontade e paixão
Construímos acordes viscerais e pulsantes
Mas os balões vermelhos perderam forças e murcharam
Na mente ficam quadros de memórias belíssimos
De um tempo que não volta mais
De músicas que teimam em não emudecer
De verdades gritadas, cifradas e vividas
Tanta intensidade em nossos corações
Causaram rupturas em uma estrutura fragilizada pela nossa condição humana
Talvez nossos invólucros não suportaram tamanha vibração
E a base da nossa catedral cedeu
Os frutos caídos na terra cresceram
Encantaram ouvidos perdidos
Demos um adeus com sabor de lágrimas na boca
Mas o peito cheio de luz esperando o novo amanhecer
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
De onde vem a inveja?
A inveja pode ser um grito desesperado da alma
Por detectar que outro possui algo (ou é) que você não tem
Ainda...
A inveja move, comove e remove
Depende de onde você a deixa hibernando
Na cabeça, no coração, no pé...
Certamente se você deixá-la na cabeça
Seu sono será inconstante, sua produção doente
E sua verdade será torta
Nada será capaz de te tornar feliz
Pois a sombra do sucesso do objeto invejado
Sempre encobrirá o seu âmago de luz
Entretanto se você alojá-la no coração
A coisa se complica: dar-se-á início ao processo de "endodestruição"
Você contra você mesmo
Nessa história o brilho de sua alma caberá em uma caixa de fósforo
Tamanho será a humilhação e auto-piedade que você impostará sobre si mesmo
E por mais que o amarelo brilhe seu azul marinho nunca será suficiente
Aí vem a melhor parte da história: o pé!
Quando sua inveja desce para o pé ela te move
Pois a amargura de não ter ou ser o que se quer torna-se força motriz
Não existe mais o ser odiado. Não existe a sensação de amputação
Pois você internalizou que o outro é o que é por puro merecimento
E então sua admiração tomará conta das suas emoções
Espelhar-se em luz torna o ser em reflexo
Uma mistura do que se é com o que se quer
Uma fusão perfeita de qualidades inerentes com adquiridas
E nesse momento a plenitude te levará ao cume do mundo
Por detectar que outro possui algo (ou é) que você não tem
Ainda...
A inveja move, comove e remove
Depende de onde você a deixa hibernando
Na cabeça, no coração, no pé...
Certamente se você deixá-la na cabeça
Seu sono será inconstante, sua produção doente
E sua verdade será torta
Nada será capaz de te tornar feliz
Pois a sombra do sucesso do objeto invejado
Sempre encobrirá o seu âmago de luz
Entretanto se você alojá-la no coração
A coisa se complica: dar-se-á início ao processo de "endodestruição"
Você contra você mesmo
Nessa história o brilho de sua alma caberá em uma caixa de fósforo
Tamanho será a humilhação e auto-piedade que você impostará sobre si mesmo
E por mais que o amarelo brilhe seu azul marinho nunca será suficiente
Aí vem a melhor parte da história: o pé!
Quando sua inveja desce para o pé ela te move
Pois a amargura de não ter ou ser o que se quer torna-se força motriz
Não existe mais o ser odiado. Não existe a sensação de amputação
Pois você internalizou que o outro é o que é por puro merecimento
E então sua admiração tomará conta das suas emoções
Espelhar-se em luz torna o ser em reflexo
Uma mistura do que se é com o que se quer
Uma fusão perfeita de qualidades inerentes com adquiridas
E nesse momento a plenitude te levará ao cume do mundo
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
O vício
Que lá esteve durante tanto tempo
Usando meus medos como força motriz dos meus sonhos
Tomando conta da minha sensatez
Que lá hibernou invernos a fio
Calou meu canto mas não o meu encanto
Cegou minha mente para a beleza do outro lado do rio
Que de Narciso fez-se Medusa
Empedrando tudo que não era espelho
Até conseguir congelar meus punhos
Que com tanta força acorrentou o vento
Da grande leveza de radiar o que se é
Sem máscaras, maquiagem ou silêncio
Que da dependência tornou-se inconsciente
Fazendo-me agir, pensar e atuar na minha roda-viva mental
Enraizando seus tentáculos até no meu bom dia
Que de tanta força quebrou minha liberdade
Tornou-me escravo e antítese do que mais amo
Cifrou dissonância na mais bela harmonia do universo
Que do ódio e rejeição me vicie em desgostar
Agredindo pobre sinceros e suas mentiras verdadeiras
Comprimindo meu ego claustrofobicamente
O vício me fez um exílio de mim mesmo
Erradicou a inocência, tapou meus ouvidos amplificados
E sentenciou a abstinência à prisão perpétua
Ah! Que saudade da minha virgem inocência!
Usando meus medos como força motriz dos meus sonhos
Tomando conta da minha sensatez
Que lá hibernou invernos a fio
Calou meu canto mas não o meu encanto
Cegou minha mente para a beleza do outro lado do rio
Que de Narciso fez-se Medusa
Empedrando tudo que não era espelho
Até conseguir congelar meus punhos
Que com tanta força acorrentou o vento
Da grande leveza de radiar o que se é
Sem máscaras, maquiagem ou silêncio
Que da dependência tornou-se inconsciente
Fazendo-me agir, pensar e atuar na minha roda-viva mental
Enraizando seus tentáculos até no meu bom dia
Que de tanta força quebrou minha liberdade
Tornou-me escravo e antítese do que mais amo
Cifrou dissonância na mais bela harmonia do universo
Que do ódio e rejeição me vicie em desgostar
Agredindo pobre sinceros e suas mentiras verdadeiras
Comprimindo meu ego claustrofobicamente
O vício me fez um exílio de mim mesmo
Erradicou a inocência, tapou meus ouvidos amplificados
E sentenciou a abstinência à prisão perpétua
Ah! Que saudade da minha virgem inocência!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Resposta a "Caminhando e cantando"
TÊCO,
Daquilo que eu sei,
Apesar do que fiz, do que sou e do que serei,
O melhor de tudo é poder caguiar no mato.
Ou seja,poder viver e amar em paz.
Mas, amado Têco, eu sou do tipo que não gosta de casamento,
De tipo nenhum. Meu mar so faz maré cheia pra chegar
mais perto de quem eu quero.
No entanto a vida é mesmo assim, e com açuca e com afeto,
caminhando vou .
Talvez um dia, por faltar telefonema eu vá viver a vida sobre as ondas!
uhhhhhhhhh ,bye bye so long very well....
Não quero ir pra nenhum Hotel California,
Quero ser sempre feliz com sou. Eu e a brisa.
Amado subro, meu menino grande,
Você tem o brilho da malacaxeta e das àguas douradas de Itapuã.
Você me faz tão bem!
Sua amizade, é a recompensa de um amor sem fim,
Sua música não faz chantagem - guerra fria
E, não sei se estou a sua altura,
respondendo o seu texto com ternura
mas baby , I love youuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
Ai como dói! rsrsrsrsr
MUSICAS:
DAQUILO QUE EU SEI - IVAN LINS
AMBIÇÃO -
CAGUIANDO -
AMAR EM PAZ - VINÍCIUS
LOBO MAU - ROBERTO CARLOS
JANUÁRIA - CHICO
PRA QUE CHORAR - ARLINDO CRUZ
COM AÇUCAR E COM AFETO - CHICO
ANDARILHO - MATEUS LOPES
HELENA HELENA - TAIGUARA
DE REPENTE CALIFORNIA - GUTO GRAÇA MELO
SEE YOU IN SETEMBER -
HOTEL CALIFORNIA - EAGLES
EU E A BRISA - JOHNNY ALF
MENINO GRANDE -
MALACAXETA - PEPEU GOMES
MELÔ DO REGAE NIGHT - MISSINHO
TÃO BEM - LULU SANTOS
PRELÚDIO - LUIS VIEIRA
MANIFESTO - MARIOZINHO ROCHA
TERNURA - ROBERTO CARLOS
ROBOCOP GAY - DINHO
Escrito por Maria Dias em resposta ao poema "Caminhando e Cantando"
Daquilo que eu sei,
Apesar do que fiz, do que sou e do que serei,
O melhor de tudo é poder caguiar no mato.
Ou seja,poder viver e amar em paz.
Mas, amado Têco, eu sou do tipo que não gosta de casamento,
De tipo nenhum. Meu mar so faz maré cheia pra chegar
mais perto de quem eu quero.
No entanto a vida é mesmo assim, e com açuca e com afeto,
caminhando vou .
Talvez um dia, por faltar telefonema eu vá viver a vida sobre as ondas!
uhhhhhhhhh ,bye bye so long very well....
Não quero ir pra nenhum Hotel California,
Quero ser sempre feliz com sou. Eu e a brisa.
Amado subro, meu menino grande,
Você tem o brilho da malacaxeta e das àguas douradas de Itapuã.
Você me faz tão bem!
Sua amizade, é a recompensa de um amor sem fim,
Sua música não faz chantagem - guerra fria
E, não sei se estou a sua altura,
respondendo o seu texto com ternura
mas baby , I love youuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
Ai como dói! rsrsrsrsr
MUSICAS:
DAQUILO QUE EU SEI - IVAN LINS
AMBIÇÃO -
CAGUIANDO -
AMAR EM PAZ - VINÍCIUS
LOBO MAU - ROBERTO CARLOS
JANUÁRIA - CHICO
PRA QUE CHORAR - ARLINDO CRUZ
COM AÇUCAR E COM AFETO - CHICO
ANDARILHO - MATEUS LOPES
HELENA HELENA - TAIGUARA
DE REPENTE CALIFORNIA - GUTO GRAÇA MELO
SEE YOU IN SETEMBER -
HOTEL CALIFORNIA - EAGLES
EU E A BRISA - JOHNNY ALF
MENINO GRANDE -
MALACAXETA - PEPEU GOMES
MELÔ DO REGAE NIGHT - MISSINHO
TÃO BEM - LULU SANTOS
PRELÚDIO - LUIS VIEIRA
MANIFESTO - MARIOZINHO ROCHA
TERNURA - ROBERTO CARLOS
ROBOCOP GAY - DINHO
Escrito por Maria Dias em resposta ao poema "Caminhando e Cantando"
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Bipolaridade emocional
Tenho ouvido pelas bocas desse mundo
"A inveja é uma merda! Coitado de quem a sente!"
Olho pra trás e vejo o quanto que progredi por invejar pessoas grandiosas
A cada esquina alguém me diz
"Tire o ódio do seu coração"
Mas que culpa eu tenho de odiar a corrupção, a mesquinharia e o egoísmo?
Aliás, já cansei de ouvir que
"As pessoas têm que ser totalmente altruístas!"
E me pergunto onde fica o senso de preservação do indivíduo e a sua subsistência.
Em templos religiosos pregam-se:
"Ame a todos com toda a sua intensidade"
E resgato na memória meus sofrimentos calcados em possessividade e ciúmes - traços de um amor excessivo e doente.
Pais e mães em todo mundo verberam:
"Quero dar tudo do bom e do melhor para meus filhos"
E tenho que aturar todos os dias filhos mimados e sem senso de realidade
Padres, pastores, freis, cardeais ou sacerdotes abrem suas bocas e gritam:
"Tendes misericórdia e compaixão com o próximo"
Então choro por ter nascido num país permissivo, descabido e caótico - sem regras ou leis.
Pessoas precisam de pólos bem definidos para seu equilíbrio mental:
Bem e mal
Certo e errado
Sim e não
Céu e inferno
Deus e o diabo
E dentro dessa dicotomia perdemos grandes oportunidades de nos aceitarmos como seres não-lineares, não-vetoriais e imprevisíveis, além de claro: imperfeitos! Será arrogância buscar perfeição na imperfeição? O que é a perfeição? Somos um mix de emoções (boas ou ruins(!!!)), razões conscientes e inconscientes e uma dose da nossa bagagem espiritual.
Quantos números existem entro o 0 e 1?
"A inveja é uma merda! Coitado de quem a sente!"
Olho pra trás e vejo o quanto que progredi por invejar pessoas grandiosas
A cada esquina alguém me diz
"Tire o ódio do seu coração"
Mas que culpa eu tenho de odiar a corrupção, a mesquinharia e o egoísmo?
Aliás, já cansei de ouvir que
"As pessoas têm que ser totalmente altruístas!"
E me pergunto onde fica o senso de preservação do indivíduo e a sua subsistência.
Em templos religiosos pregam-se:
"Ame a todos com toda a sua intensidade"
E resgato na memória meus sofrimentos calcados em possessividade e ciúmes - traços de um amor excessivo e doente.
Pais e mães em todo mundo verberam:
"Quero dar tudo do bom e do melhor para meus filhos"
E tenho que aturar todos os dias filhos mimados e sem senso de realidade
Padres, pastores, freis, cardeais ou sacerdotes abrem suas bocas e gritam:
"Tendes misericórdia e compaixão com o próximo"
Então choro por ter nascido num país permissivo, descabido e caótico - sem regras ou leis.
Pessoas precisam de pólos bem definidos para seu equilíbrio mental:
Bem e mal
Certo e errado
Sim e não
Céu e inferno
Deus e o diabo
E dentro dessa dicotomia perdemos grandes oportunidades de nos aceitarmos como seres não-lineares, não-vetoriais e imprevisíveis, além de claro: imperfeitos! Será arrogância buscar perfeição na imperfeição? O que é a perfeição? Somos um mix de emoções (boas ou ruins(!!!)), razões conscientes e inconscientes e uma dose da nossa bagagem espiritual.
Quantos números existem entro o 0 e 1?
sábado, 21 de agosto de 2010
Caminhando e cantando
Hoje tenho a sorte de um amor tranquilo
Procuro cuidar bem do meu amor
Para que as recordações e os fantasmas não se perpetuem mais
Não penso que deveria ter arriscado mais
Ou até errado mais
Mas eu fiz o que eu queria fazer
Mas se tudo pode acontecer e se pode acontecer qualquer coisa
Continuo indo na janela
Pois o passado é como abraços sem mãos
Assim, eu não adoro um "se"
Mas meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim
E a felicidade talvez não seja uma arma quente
O que é a felicidade meu amor?
Quem souber a respostas de todas as perguntas me manda pela internet
Pra onde vai o sol quando a noite cai?
Tem certos dias que eu penso em minha gente
Nego quer um milagre em cada esquina
Mas todos estão surdos
É preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer
Dizem que a tristeza não tem fim, felicidade sim
Mas ninguém sabe nada! Nem sempre se pode ser Deus...
Sendo assim, depois de uma história com final feliz
E de dormir em paz
A vida nos faz acordar cantando pra fazer e acontecer verdades e mentiras
Porém saibamos: a vida é doce, depressa demais
E no final das contas a única coisa que eu pude enxergar é que
All you need is love!!
___________________________
Continuo caminhando e candando:
Todo o amor que houver nessa vida - Cazuza
Cuide bem do seu amor - Paralamas
Andarilho - Elipê
Epitáfio - Titãs
Se tudo pode acontecer - Arnaldo Antunes
Você pode ir na janela - Gram
O que você faria - Acme
Se - Djavan
Coração vagabundo - Caetano Veloso
Comentários a respeito do John - Belchior
Corcovado - Tom Jobim
Astronauta - Gabriel, o pensador
Pra onde vai - Gabriel, o pensador
Gente Humilde - Chico Buarque
Guru da galera - Zeca Baleiro
Todos estão surdos - Roberto Carlos
É preciso saber viver - Roberto Carlos
A felicidade - Tom Jobim
Nem sempre se pode ser Deus - Titãs
Musiquinha Idiota - Elipê
Chorando e cantando - Geraldo Azevedo
A vida é doce - Lobão
All you need is love - The Bealtes
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Ou
Ser o que o homem é
Ou pensa em ser
Ou é
Querer tornar-se o que um dia se quer
Ou apenas tornar-se um
Ou apenas ir
Construir em cada tijolo um pouco de sonho
Ou apenas sonhar sem construir
Ou somente se deixar moldar
Não se contentar com que é
Ou apenas ser
Ou não querer se contentar
Caminhar sem pisar os pés no chão
Ou pisar em um chão hostil
Ou não caminhar
Querer ser o que o amor já é
Ou apenas amar
Ou nem me fale de mim
Abraçar o mundo quando o mundo te agride
Ou apenas agredir
Ou apenas abraçar...
Ou pensa em ser
Ou é
Querer tornar-se o que um dia se quer
Ou apenas tornar-se um
Ou apenas ir
Construir em cada tijolo um pouco de sonho
Ou apenas sonhar sem construir
Ou somente se deixar moldar
Não se contentar com que é
Ou apenas ser
Ou não querer se contentar
Caminhar sem pisar os pés no chão
Ou pisar em um chão hostil
Ou não caminhar
Querer ser o que o amor já é
Ou apenas amar
Ou nem me fale de mim
Abraçar o mundo quando o mundo te agride
Ou apenas agredir
Ou apenas abraçar...
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Tenho asas preguiçosas que não querem voar
Tenho olhos teimosos que insistem em ver o invisível
Tenho mãos inquietas que não se contentam com o bruto
Tenho pés tão delicados que detestam pisar no duro
Sou um cara tão leve preso a uma bigorna de carne e osso
Sinto a música me acariciar mas meus dedos limitam sua grandeza
Tenho uma boca ressecada pela vontade de comer núvens
Tenho desejos tão gigantescos que meu cérebro se recusa a entendê-los
Tenho um pau em plena saúde mas atrapalha meu coração
Meu coração, aliás, se cansou de ver misérias
Se acorvadou, murchou e hibernou
Acabou alojado e protegido em meu peito...
Tenho olhos teimosos que insistem em ver o invisível
Tenho mãos inquietas que não se contentam com o bruto
Tenho pés tão delicados que detestam pisar no duro
Sou um cara tão leve preso a uma bigorna de carne e osso
Sinto a música me acariciar mas meus dedos limitam sua grandeza
Tenho uma boca ressecada pela vontade de comer núvens
Tenho desejos tão gigantescos que meu cérebro se recusa a entendê-los
Tenho um pau em plena saúde mas atrapalha meu coração
Meu coração, aliás, se cansou de ver misérias
Se acorvadou, murchou e hibernou
Acabou alojado e protegido em meu peito...
Tenho sentido minhas poesias tensas, tristes, densas, chorosas, melancólicas e tudo mais. Minhas últimas composições têm me entediado, apesar de letras bacanas. Tenho chorado muito nos últimos filmes que assisti.
Quando a arte está doente ou a alma do artista está remoída ou ele está devorando demais o amarelo e colorindo com muita visceralidade suas entranhas...
Quando a arte está doente ou a alma do artista está remoída ou ele está devorando demais o amarelo e colorindo com muita visceralidade suas entranhas...
A água e o nó
A água descendo pela garganta alisa alguns nós atados pelo tempo
Ela tenta dançar sobre suas amarras na tola esperança de torná-los livres
Quando chega no estômago percebe que sua tentativa foi em vão
Pois quase sempre nós na garganta são nós cegos
Mas ainda assim continuamos bebendo água...
Ela tenta dançar sobre suas amarras na tola esperança de torná-los livres
Quando chega no estômago percebe que sua tentativa foi em vão
Pois quase sempre nós na garganta são nós cegos
Mas ainda assim continuamos bebendo água...
O mundo será bem melhor quando o amor entre as pessoas tiver a grandeza do amor das mulheres. Elas realmente estão um passo à frente na evolução em relação aos homens. O elo masculino entre o coração e o pênis não existe. Por isso eles geralmente são cegos e ofuscados pelo brilho intenso das suas magníficas mulheres explodindo em orgasmos em um ato sexual. A natureza às vezes complica tanto as nossas vidas...
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