Sou assim mesmo
Deitado sob seu olhar
Lambendo o mesmo chão que você me pisa
Pode me cuspir qualquer verdade
Eu sou cafona assim mesmo
Coração alargado e um bobo brilho no olhar
Cuidado apenas pra não me machucar, baby
Eu sou meio ruim de perdoar
Então cuidado com o osso na hora de mastigar
Pode me ligar na madruga
Com o coração batendo assustado nas mãos
Eu jamais menti ao pé do seu ouvido
Eu deixo você me chupar, me foder, me descerrar
Vivo num set de uma comédia romântica
Louco e ansioso pelo grito de "ação"!
Só um coisa que eu não posso deixar de esconder
Você pode me usar e se deliciar como quiser
Mas jamais me prive do sorriso final quando as letras começarem a subir...
Aprendiz de poeta, aprendiz de compositor... Nessa vida tudo é aprendizado mesmo, né?!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Fugitivo
Sou eu mais uma vez todo suado
Correndo com um machado na mão
Culpado mais uma vez por querer podar
Aquilo que todo mundo um dia plantou
Paro um pouco numa esquina escura
Minhas veias entrando em erupção
Assim como o meu ventre
O grande culpado por minha insensatez
Eu que não aguentei mais
Depois de tanto me esgueirar pelas bordas
Tentando ser leal a mim mesmo
Mas cansado de me submeter à tirania dos desejos
Me deixei embarcar em uma nave plástica
Quando a sede já não mais cabia em minha boca
Sou humano levando aos extremos da minha condição
De animal acuado e tenso
Daí então eis que me brota uma luz
Charmosa, cândida, sedutora
E traz um grande banquete
Para cães famintos e ferozes
Ladrei como nunca antes
Talvez tomado pelo desespero
Acorrentado pelas penitências que outrora
Eu mesmo escolhi
Engraçado que mesmo diante do imaginário
Onde o pão e o vinho não têm tanto valor
Caí de joelhos pela minha condição humana
E com as mãos banhadas de sangue subtamente eu sorri...
Correndo com um machado na mão
Culpado mais uma vez por querer podar
Aquilo que todo mundo um dia plantou
Paro um pouco numa esquina escura
Minhas veias entrando em erupção
Assim como o meu ventre
O grande culpado por minha insensatez
Eu que não aguentei mais
Depois de tanto me esgueirar pelas bordas
Tentando ser leal a mim mesmo
Mas cansado de me submeter à tirania dos desejos
Me deixei embarcar em uma nave plástica
Quando a sede já não mais cabia em minha boca
Sou humano levando aos extremos da minha condição
De animal acuado e tenso
Daí então eis que me brota uma luz
Charmosa, cândida, sedutora
E traz um grande banquete
Para cães famintos e ferozes
Ladrei como nunca antes
Talvez tomado pelo desespero
Acorrentado pelas penitências que outrora
Eu mesmo escolhi
Engraçado que mesmo diante do imaginário
Onde o pão e o vinho não têm tanto valor
Caí de joelhos pela minha condição humana
E com as mãos banhadas de sangue subtamente eu sorri...
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
A arte do seu jeito
Ponho em minha vida a arte do seu jeito
Colho em cada galho o seu brilho imaturo
Abro um casulo e vejo o sémen dos seus olhos voar
Estendo minha mão como quem oferece o pão
Cedo-lhe minha alma embrulhada pra viagem
Pronta para abraçar a imensidão
Subo cada galho cheio de expectativas
Sinto-me leve ao ver o céu se aproximar
Dentro de sua copa, verde, calmo e perfumado
Escuto a solidão lá de longe com medo do chão
Encho minha cabeça de pensamentos sem razão
Calcado de solitude mas assim meio garanhão
Deixo o pólen do teu hálito cobrir meu rosto talhado
Deixo sua juventude me servir seu banquete
Como cada mês como quem devora décadas
Salto de asas abertas para agarrar estrelas
Sinto o vento vadio acarinhar meus pelos
Olho para o lado e vejo você
Castelo de amores, pilares de energia
Sonhos disseminados, dores minimizadas
Beijos ao molho de uma eterna redenção
Só o amor constrói, só o amor entende
Só o amor sedimenta, só o amor "conhece o que é verdade"
Só o amor arrefece quando a centelha de vida esvai
Colho em cada galho o seu brilho imaturo
Abro um casulo e vejo o sémen dos seus olhos voar
Estendo minha mão como quem oferece o pão
Cedo-lhe minha alma embrulhada pra viagem
Pronta para abraçar a imensidão
Subo cada galho cheio de expectativas
Sinto-me leve ao ver o céu se aproximar
Dentro de sua copa, verde, calmo e perfumado
Escuto a solidão lá de longe com medo do chão
Encho minha cabeça de pensamentos sem razão
Calcado de solitude mas assim meio garanhão
Deixo o pólen do teu hálito cobrir meu rosto talhado
Deixo sua juventude me servir seu banquete
Como cada mês como quem devora décadas
Salto de asas abertas para agarrar estrelas
Sinto o vento vadio acarinhar meus pelos
Olho para o lado e vejo você
Castelo de amores, pilares de energia
Sonhos disseminados, dores minimizadas
Beijos ao molho de uma eterna redenção
Só o amor constrói, só o amor entende
Só o amor sedimenta, só o amor "conhece o que é verdade"
Só o amor arrefece quando a centelha de vida esvai
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Faróis
Estamos perdendo nosso tempo
Jogando as oportunidades no lixo
Cagando sobre cada traço de luz
Cegos marchando para o precipício
Nos perdemos em labirintos
Criados pela nossa lucidez
Tão fascinantes quanto truques de mágica
Tão vazios quanto a minha estupidez
Deixamos o relógio correr solto
Blindamos nossos egos hermeticamente perfeitos
Como se pudéssemos amarrar a perfeição
E derramá-la em nossos corações
Como somos pequenos
Cultivando nossa insensatez
Tentando transpor portões altivos
Sem nem mesmo saber o que está por trás da muralha
Somos um pobres boçais
Coroamos reis pobres em nossas barrigas
Acendendo a brasa por trás das costelas
E cantando nossas misérias para ouvidos surdos
Vamos celebrar cada dia de finados
Crucificar cada entonação
O amor está quase se cansando
Isso não é uma rebelião
Somos sementes jogadas ao acaso
Sem opção de onde germinar
Somos gigantes guardado em pequenos armários
Somos faróis, fortes e premeditados
Jogando as oportunidades no lixo
Cagando sobre cada traço de luz
Cegos marchando para o precipício
Nos perdemos em labirintos
Criados pela nossa lucidez
Tão fascinantes quanto truques de mágica
Tão vazios quanto a minha estupidez
Deixamos o relógio correr solto
Blindamos nossos egos hermeticamente perfeitos
Como se pudéssemos amarrar a perfeição
E derramá-la em nossos corações
Como somos pequenos
Cultivando nossa insensatez
Tentando transpor portões altivos
Sem nem mesmo saber o que está por trás da muralha
Somos um pobres boçais
Coroamos reis pobres em nossas barrigas
Acendendo a brasa por trás das costelas
E cantando nossas misérias para ouvidos surdos
Vamos celebrar cada dia de finados
Crucificar cada entonação
O amor está quase se cansando
Isso não é uma rebelião
Somos sementes jogadas ao acaso
Sem opção de onde germinar
Somos gigantes guardado em pequenos armários
Somos faróis, fortes e premeditados
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Noite
Pra quê todo esse requinte
E distância ao me abraçar?
Exibir esse sorriso bobo
Fingindo não ter segundas intenções
Escrevemos juntos um história sem fim
Recheadas de comédia, romantismo e drama
Somos filhos de sonhos órfãos
Magoados pelas janelas abertas ao inverno
Você que sempre me prometeu
Todo o amor que a vida lhe pulsou
Agora trava a garganta e sorri
Enquanto enlouquecemos nossos quadris
Coisas de dois corpos dependentes
Que como crianças ainda choram sozinhos
Ainda que eu deslize suavemente o doce na sua boca
Te ponha em meu colo e comece a ninar
Você mal sabe em que esquinas debandei
Derramando seu recheio pouco a pouco
Enchendo meu corpo de amores vadios
Pulverizando nos outros que mais amo em você
E como covardes fugimos da dor
Numa saída careta e mesquinha
É como ter nossas asas decepadas
E ainda assim pularmos felizes no precipício
E distância ao me abraçar?
Exibir esse sorriso bobo
Fingindo não ter segundas intenções
Escrevemos juntos um história sem fim
Recheadas de comédia, romantismo e drama
Somos filhos de sonhos órfãos
Magoados pelas janelas abertas ao inverno
Você que sempre me prometeu
Todo o amor que a vida lhe pulsou
Agora trava a garganta e sorri
Enquanto enlouquecemos nossos quadris
Coisas de dois corpos dependentes
Que como crianças ainda choram sozinhos
Ainda que eu deslize suavemente o doce na sua boca
Te ponha em meu colo e comece a ninar
Você mal sabe em que esquinas debandei
Derramando seu recheio pouco a pouco
Enchendo meu corpo de amores vadios
Pulverizando nos outros que mais amo em você
E como covardes fugimos da dor
Numa saída careta e mesquinha
É como ter nossas asas decepadas
E ainda assim pularmos felizes no precipício
domingo, 13 de setembro de 2009
Alguém
Alguém de longe por favor
Qualquer que possa captar
Cada desejo que eu mandei
Pelo espaço sideral
Alguém me escute por favor
Me leve junto pra voar
O chão não quer mais acalantar
E só me pede pra marchar
Se as suas estrelas duvidaram
Pois venha aqui pra eu te mostrar
Que já não sou mais um menino
Impaciente vendo um trenó passar
Vem me levar pra algum lugar
Onde eu possa colecionar uns sóis
No lugar da minha tristeza
Numa galáxia cor de vinho
Já não consigo pular os muros
Querem colocar fardas em mim
Montaram um teto de concreto
Pra eu não te ver no céu
Eles podem até barrar
O infinito que meus olhos buscam
Só esquecem que o amor
Faz esse planeta estacionar
Qualquer que possa captar
Cada desejo que eu mandei
Pelo espaço sideral
Alguém me escute por favor
Me leve junto pra voar
O chão não quer mais acalantar
E só me pede pra marchar
Se as suas estrelas duvidaram
Pois venha aqui pra eu te mostrar
Que já não sou mais um menino
Impaciente vendo um trenó passar
Vem me levar pra algum lugar
Onde eu possa colecionar uns sóis
No lugar da minha tristeza
Numa galáxia cor de vinho
Já não consigo pular os muros
Querem colocar fardas em mim
Montaram um teto de concreto
Pra eu não te ver no céu
Eles podem até barrar
O infinito que meus olhos buscam
Só esquecem que o amor
Faz esse planeta estacionar
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Se se fez, então acordei
Se apareceu, eu não notei
Se possuiu, arrefez
Se sorriu, envergonhei
Se cresceu, admirei
Se doeu, eu não chorei
Se brilhou, não me ceguei
Se beijou, iluminou a tez
Se transou, eu gozei
Se derreteu, eu mergulhei
Se ganhou, parabenizei
Se perdeu, incentivei
Se desceu, aterrissei
Se brotou, eu irriguei
Se brigou, eu conto até três
Se gargalhou, bobo eu fiquei
Se viveu, eternizei
Se envelheceu, arrematei
Se renasceu, em mim plantei
Se morreu...
Se morreu...
Se morreu...
Se morreu...
...volta pro começo outra vez!
Se apareceu, eu não notei
Se possuiu, arrefez
Se sorriu, envergonhei
Se cresceu, admirei
Se doeu, eu não chorei
Se brilhou, não me ceguei
Se beijou, iluminou a tez
Se transou, eu gozei
Se derreteu, eu mergulhei
Se ganhou, parabenizei
Se perdeu, incentivei
Se desceu, aterrissei
Se brotou, eu irriguei
Se brigou, eu conto até três
Se gargalhou, bobo eu fiquei
Se viveu, eternizei
Se envelheceu, arrematei
Se renasceu, em mim plantei
Se morreu...
Se morreu...
Se morreu...
Se morreu...
...volta pro começo outra vez!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Condomínio
Tô precisando me mudar de mim
Procurar um lugar mais calmo para morar
Meu vizinho de cima já me encheu o saco
Esse condomínio tá caro demais
Êta condomínio cheio de regras!
Não pode isso! Não pode aquilo!
Cheio de gente boba, gente hipócrita
Enquando no prédio ao lado só tem festa e diversão
Às vezes até acho que lá gasta-se menos
O almoxarifado é mais humilde
Mesmo sendo um lugar menorzinho
Lá sei que a vista não é tão privilegiada
Mas de que adianta enxergar o horizonte tão belo
Quando sua calçada tá toda suja de lixo?
Procurar um lugar mais calmo para morar
Meu vizinho de cima já me encheu o saco
Esse condomínio tá caro demais
Êta condomínio cheio de regras!
Não pode isso! Não pode aquilo!
Cheio de gente boba, gente hipócrita
Enquando no prédio ao lado só tem festa e diversão
Às vezes até acho que lá gasta-se menos
O almoxarifado é mais humilde
Mesmo sendo um lugar menorzinho
Lá sei que a vista não é tão privilegiada
Mas de que adianta enxergar o horizonte tão belo
Quando sua calçada tá toda suja de lixo?
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
O muro
Força!! Força!!
Vamos todos juntos dessa vez!
Aahhhhh...
Ok! Mais uma vez agora, tá?
Cada um por vez ou todos juntos?
Ah! Não sei! Eu não tenho respostas prontas pra tudo!
Tá bom então... vamos lá?
Vamos!
Um, dois, três e... já!
MMMmmffff.... mmmffff...
PARA TUDO!!
Que foi? Desistiu?
...
Não cara, melhor pular o muro que tentar derrubá-lo...
Vamos todos juntos dessa vez!
Aahhhhh...
Ok! Mais uma vez agora, tá?
Cada um por vez ou todos juntos?
Ah! Não sei! Eu não tenho respostas prontas pra tudo!
Tá bom então... vamos lá?
Vamos!
Um, dois, três e... já!
MMMmmffff.... mmmffff...
PARA TUDO!!
Que foi? Desistiu?
...
Não cara, melhor pular o muro que tentar derrubá-lo...
Qual a origem da alegria humana?
O que nos faz rir ou chorar?
Por que em sendo as mesmas pessoas sempre somos tão diferentes em momentos distintos?
Não falo de você e de mim: mas de mim para mim mesmo.
Tenho andado fora do eixo
Meus nervos estão em rebelião, tocando fogo em colchões
Mesmo sob o sol abro meu guarda-chuva
Quando gostaria muito de abrir os braços para seu calor
Então paro na contra-mão
Acendo um cigarro
Olho pra mim e me pergunto: ora, por que apenas não fecha o guarda-chuva e olha pra o céu?
A simplicidade exagerada às vezes me assusta...
O que nos faz rir ou chorar?
Por que em sendo as mesmas pessoas sempre somos tão diferentes em momentos distintos?
Não falo de você e de mim: mas de mim para mim mesmo.
Tenho andado fora do eixo
Meus nervos estão em rebelião, tocando fogo em colchões
Mesmo sob o sol abro meu guarda-chuva
Quando gostaria muito de abrir os braços para seu calor
Então paro na contra-mão
Acendo um cigarro
Olho pra mim e me pergunto: ora, por que apenas não fecha o guarda-chuva e olha pra o céu?
A simplicidade exagerada às vezes me assusta...
sábado, 15 de agosto de 2009
Canto
Vem cá meu bem
Vem ver onde o rio foi encontrar o mar
Agora não consigo mais
Abrir as portas do meu coração para você
Se a minha dor
Encantou meu violão
E meu canto te feriu
Me perdôa
A vida é mesmo assim
Os peixes não conseguem admirar a beleza das flores
A culpa não é sua
Não precisa se desculpar
A luta não é tão vã assim
Valha-me da sua compreensão
Mas não use da ingratidão
Pois é só o meu coração
Triste assim querendo cantar
"A cegueira não existe
O cego tem sua aquarela de cores visíveis
E seu pincel de vontade verdadeira
A mentira também não existe
A verdade é que não se contenta
Com a ousadia do inventar"
Deita aqui no meu colo
Que eu deixo você chorar
Se meu canto te feriu
Me perdôa
A vida é mesmo assim...
(Trecho em aspas retirado de um poema de Thiago Fonseca)
Vem ver onde o rio foi encontrar o mar
Agora não consigo mais
Abrir as portas do meu coração para você
Se a minha dor
Encantou meu violão
E meu canto te feriu
Me perdôa
A vida é mesmo assim
Os peixes não conseguem admirar a beleza das flores
A culpa não é sua
Não precisa se desculpar
A luta não é tão vã assim
Valha-me da sua compreensão
Mas não use da ingratidão
Pois é só o meu coração
Triste assim querendo cantar
"A cegueira não existe
O cego tem sua aquarela de cores visíveis
E seu pincel de vontade verdadeira
A mentira também não existe
A verdade é que não se contenta
Com a ousadia do inventar"
Deita aqui no meu colo
Que eu deixo você chorar
Se meu canto te feriu
Me perdôa
A vida é mesmo assim...
(Trecho em aspas retirado de um poema de Thiago Fonseca)
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Não-serpente
Sua serpente tentou me picar
Seu veneno queria me entorpecer
Admito que de fato pensei em ceder
Doce canto de uma linda sereia
Mentiras sinceras nos envolveram
Mas quem sou eu para não fraquejar?
Sou de músculos, não posso negar
Que em seus encantos quase me perdi
Sonhei com suas migalhas e acordei suando
Pequenos frascos de ilusões
Cego, molhado e culpado
Por ser tão imperfeito assim
Mas aos poucos uma centelha de luz
Clareou diante de mim o que me faz tão feliz
O brilho de um cristal que poucos conseguem alcançar
E a alma de um homem rasgou o meu peito
Como se tão leviano que eu fosse
Trincasse por um mísero segundo
O que a alma não sabe
É que nem sempre o corpo submete-se aos seus caprichos
Muito obrigado por te amar...
Seu veneno queria me entorpecer
Admito que de fato pensei em ceder
Doce canto de uma linda sereia
Mentiras sinceras nos envolveram
Mas quem sou eu para não fraquejar?
Sou de músculos, não posso negar
Que em seus encantos quase me perdi
Sonhei com suas migalhas e acordei suando
Pequenos frascos de ilusões
Cego, molhado e culpado
Por ser tão imperfeito assim
Mas aos poucos uma centelha de luz
Clareou diante de mim o que me faz tão feliz
O brilho de um cristal que poucos conseguem alcançar
E a alma de um homem rasgou o meu peito
Como se tão leviano que eu fosse
Trincasse por um mísero segundo
O que a alma não sabe
É que nem sempre o corpo submete-se aos seus caprichos
Muito obrigado por te amar...
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Cobaia
Mais uma vez estou eu às margens do rio da vida
Sentindo as ondas molhando meus pés
Como todas as outras vezes que estive aqui
As mesmas águas que molharam os pés de minha criança
Hoje acarinha os calos de pés adultos
Mesmo sabendo que a vida ainda há de cobrar
Tudo aquilo que outrora impulsionei
Tento manter o rítmo das minhas latências cardíacas
Sou de carne e alma, errante e imperfeito
E ainda assim, mesmo com todo o alvorço
Molho meu rosto com essa água impaciente
Tento não rir das mazelas da vida
Nem chorar pelas riquezas ocas
Ando apenas com um binóculo de interrogações
Tentando observar onde estará o fim da linha
Tolo e bobo, desenrolo e avalio cada metro
Vibro eletrizado em cada curva
Às vezes, cansado de emoções intensas, sorrio
E faço do meu ego cobaia de mim mesmo
Sentindo as ondas molhando meus pés
Como todas as outras vezes que estive aqui
As mesmas águas que molharam os pés de minha criança
Hoje acarinha os calos de pés adultos
Mesmo sabendo que a vida ainda há de cobrar
Tudo aquilo que outrora impulsionei
Tento manter o rítmo das minhas latências cardíacas
Sou de carne e alma, errante e imperfeito
E ainda assim, mesmo com todo o alvorço
Molho meu rosto com essa água impaciente
Tento não rir das mazelas da vida
Nem chorar pelas riquezas ocas
Ando apenas com um binóculo de interrogações
Tentando observar onde estará o fim da linha
Tolo e bobo, desenrolo e avalio cada metro
Vibro eletrizado em cada curva
Às vezes, cansado de emoções intensas, sorrio
E faço do meu ego cobaia de mim mesmo
domingo, 19 de julho de 2009
O mar é o meu caminho de casa
Eu te amo como uma criança
Que admira seu maior super-herói
Dentro de um sono angelical
Puro, simples e iluminado
Com meus olhos de inocência
Te farei mil perguntas
Como o sol brilha no céu?
Porque que a gente deve sorrir?
Ouvirei atento tuas respostas
Como quem ouve belas profecias
Se a emoção te fizer chorar pelos tropeços da vida
Enxugarei suas lágrimas sempre sorrindo
Deixarei que me leve para cama
Dê-me beijos de boa noite
Olharei forte nos teus olhos de mulher
E levemente em paz em seu colo adormecerei
Que admira seu maior super-herói
Dentro de um sono angelical
Puro, simples e iluminado
Com meus olhos de inocência
Te farei mil perguntas
Como o sol brilha no céu?
Porque que a gente deve sorrir?
Ouvirei atento tuas respostas
Como quem ouve belas profecias
Se a emoção te fizer chorar pelos tropeços da vida
Enxugarei suas lágrimas sempre sorrindo
Deixarei que me leve para cama
Dê-me beijos de boa noite
Olharei forte nos teus olhos de mulher
E levemente em paz em seu colo adormecerei
sábado, 13 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Sobre a inveja...
Agora eu sei
Estou errado
Não queria ser assim
Mas o que vou dizer?
Minha cabeça quer vencer
Mas meu coração resiste
Encarar friamente teus louros
E esquecer dos que já ganhei
Dentro da minha pequenês
Tentando pular os mini-muros
Fazendo-me de aleijado
Torto, coitado ou sem-braço
Torço pelo seu futuro
Ainda que amarrado pelo presente
Talvez machucado pelo passado
Quebrando o tempo e reaprendendo a andar
Suando veneno pelos poros
Inveja vendida em pequenos frascos
Pelo menos sei que no final
Essa maldade escorrerá pelo ralo
E livre enfim poderei respirar
Abrir os braços e te dar as mãos
Sem preceitos ou pré-conceitos
Apenas aberto para o brilho da tua voz
Estou errado
Não queria ser assim
Mas o que vou dizer?
Minha cabeça quer vencer
Mas meu coração resiste
Encarar friamente teus louros
E esquecer dos que já ganhei
Dentro da minha pequenês
Tentando pular os mini-muros
Fazendo-me de aleijado
Torto, coitado ou sem-braço
Torço pelo seu futuro
Ainda que amarrado pelo presente
Talvez machucado pelo passado
Quebrando o tempo e reaprendendo a andar
Suando veneno pelos poros
Inveja vendida em pequenos frascos
Pelo menos sei que no final
Essa maldade escorrerá pelo ralo
E livre enfim poderei respirar
Abrir os braços e te dar as mãos
Sem preceitos ou pré-conceitos
Apenas aberto para o brilho da tua voz
sábado, 23 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Lentes Azuis
Com que lentes você vê o mundo?
Que mundo você vê através da lente?
O que você vai fazer com o mundo que você vê pelas lentes azuis?
O que esse mundo vai fazer com você?
Casamento entre o azul cálido e o marfim sedutor
Lá de longe trouxe amor para os cansados inimigos
Com o carinho que brota em suas mãos
Deixou sem graça a beleza do sol
Aliás, por falar em sol...
És um raio de sol que invadiu sua casa
Iluminou os espelhos rachadados
Cansados de refletir a tristeza por tantos anos
Seja viva, aprenda a saber viver
Perdôe sempre àqueles que querem o seu melhor
Mesmo que às vezes veja a antítese de teus sentimentos
Para quando voltar poder assim irradiar tua beleza perto de Deus
Que mundo você vê através da lente?
O que você vai fazer com o mundo que você vê pelas lentes azuis?
O que esse mundo vai fazer com você?
Casamento entre o azul cálido e o marfim sedutor
Lá de longe trouxe amor para os cansados inimigos
Com o carinho que brota em suas mãos
Deixou sem graça a beleza do sol
Aliás, por falar em sol...
És um raio de sol que invadiu sua casa
Iluminou os espelhos rachadados
Cansados de refletir a tristeza por tantos anos
Seja viva, aprenda a saber viver
Perdôe sempre àqueles que querem o seu melhor
Mesmo que às vezes veja a antítese de teus sentimentos
Para quando voltar poder assim irradiar tua beleza perto de Deus
segunda-feira, 11 de maio de 2009
O senhor do tempo
O relógio correu
Minha cabeça já não é mais a mesma
O senhor do tempo não joga xadrez
Comigo...
Os meus sonhos foram comidos
Pois mudamos de postura frente a nossos anseios
Viramos lenha da máquina da vida
Sem sequer sabermos a direção do trem
E eu que era tão inocente
Acretiva em mudar algo em mim ou em você
Como se não bastasse toda a força do meu coração
Hoje bato ponto e digo amém ao inimigo
A culpa é minha?
A culpa é sua?
A culpa é nossa?
A culpa é de quem?
Sigo a rima tão pobre
Fecho com um verso inerte
Quem descobrir de coração as respostas
Por favor, me manda pela internet
Minha cabeça já não é mais a mesma
O senhor do tempo não joga xadrez
Comigo...
Os meus sonhos foram comidos
Pois mudamos de postura frente a nossos anseios
Viramos lenha da máquina da vida
Sem sequer sabermos a direção do trem
E eu que era tão inocente
Acretiva em mudar algo em mim ou em você
Como se não bastasse toda a força do meu coração
Hoje bato ponto e digo amém ao inimigo
A culpa é minha?
A culpa é sua?
A culpa é nossa?
A culpa é de quem?
Sigo a rima tão pobre
Fecho com um verso inerte
Quem descobrir de coração as respostas
Por favor, me manda pela internet
Olhos de criança
Brilho no olhar de criança é como um vinho às avessas. Ainda bem que tem uns que não avinagram nunca...
terça-feira, 5 de maio de 2009
Tempo
Tempo a gente dá
Pena de quem tem
Tempo a perder
É tempo de ousar
Tempo só é tempo se
A gente caminhar
Tentar não desistir
Assim que o sol brilhar
Só quando os olhos virem
O céu se desabar
E o tempo desistir
De nos ensinar
Caso você queira
Ter o tempo de pensar
Que sou apenas tolo
Por ter medo de amar
Então olhe pra mim
Me abrace por favor
O tempo já me limpou
Algumas vezes da dor
Se ele não vier
Por teimosia de Deus
Seu sorriso não nascerá
Pelas lágrimas dos olhos teus
Mas se ele amanhecer
Junto à sua cama
Sua dor vai sucumbir
E você dirá que ama
O seu coração se abrirá
Numa ciranda tão intensa
Que sua singela e rica vida
Terá o desfecho de um belo poema
Pena de quem tem
Tempo a perder
É tempo de ousar
Tempo só é tempo se
A gente caminhar
Tentar não desistir
Assim que o sol brilhar
Só quando os olhos virem
O céu se desabar
E o tempo desistir
De nos ensinar
Caso você queira
Ter o tempo de pensar
Que sou apenas tolo
Por ter medo de amar
Então olhe pra mim
Me abrace por favor
O tempo já me limpou
Algumas vezes da dor
Se ele não vier
Por teimosia de Deus
Seu sorriso não nascerá
Pelas lágrimas dos olhos teus
Mas se ele amanhecer
Junto à sua cama
Sua dor vai sucumbir
E você dirá que ama
O seu coração se abrirá
Numa ciranda tão intensa
Que sua singela e rica vida
Terá o desfecho de um belo poema
domingo, 3 de maio de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Anjo feio
Olha só a cara de vocês!
Agora os sorrisos e aplausos nasceram!
Nos mesmos rostos de onde partiram
Aquelas flechadas venenosas
Olhá só os olhos de vocês!
Pedras teimosas e tenazes
Que me forçaram a esculpir
A beleza do meu coração
Olha como vocês estão surpresos!
Foram apenas dois minutos
Que transformaram minhas rugas em lágrimas
Pois eu sonhei o meu sonho para vocês
Quem são vocês, afinal?
Acham que vão colocar goela abaixo o que vocês querem?
Será que o que sinto não irá comover mais vocês?
Ou apenas o brilho de Narciso os interessa?
Mas tudo bem! Eu entendo suas verdades
Não são as minhas, mas mesmo assim os entendo
Vocês precisam quebrar alguns espelhos
E perceber que a estrada é mais longa do que os olhos dizem
Agora parem de chorar
Apertem minha mão
Olhem nos meus olhos
Eu estou pronta para ser vaiada novamente...
Agora os sorrisos e aplausos nasceram!
Nos mesmos rostos de onde partiram
Aquelas flechadas venenosas
Olhá só os olhos de vocês!
Pedras teimosas e tenazes
Que me forçaram a esculpir
A beleza do meu coração
Olha como vocês estão surpresos!
Foram apenas dois minutos
Que transformaram minhas rugas em lágrimas
Pois eu sonhei o meu sonho para vocês
Quem são vocês, afinal?
Acham que vão colocar goela abaixo o que vocês querem?
Será que o que sinto não irá comover mais vocês?
Ou apenas o brilho de Narciso os interessa?
Mas tudo bem! Eu entendo suas verdades
Não são as minhas, mas mesmo assim os entendo
Vocês precisam quebrar alguns espelhos
E perceber que a estrada é mais longa do que os olhos dizem
Agora parem de chorar
Apertem minha mão
Olhem nos meus olhos
Eu estou pronta para ser vaiada novamente...
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Outros mundos, nossos mundos
Nunca fui um daqueles meninos
Que precisava de muita atenção
Aprendi desde cedo a me virar sozinho
Mas os dias chuvosos ficam estranhos
Pois o mundo muda de maquiagem
E nos mostra uma outra face
Esse mundo que nos cobra o que não dá
Sua única chance normalmente é a última
Sua vontade verdadeira não parece comovê-los
Vivemos nessa máquina moedora
Rolo compressor desse amor que deveríamos exprimir sempre
E como andorinhas orgulhosas tentamos frear as engrenagens
Então vamos lá! Levantemos das poltronas
Vamos nos munir de arte, sabedoria e vozes
Pois somos filhos de soldados cansados
Nossa vontade tem que mudar alguma coisa
Nossa vocação talvez seja o dedo de Deus nos apontando para a direção correta
Onde talvez possamos modificar ao menos um desses milhões de mundos
Mundos? Do que você está falando?
Estou falando das mãos estendidas, dos abraços sinceros, dos beijos apaixonados
E de todas as balas e bombas que os noticiários nos jogam na cara
São todos traços dos outros mundos
Aqueles que nos interceptam ou não
...
Na verdade todos eles nos interceptam...
Que precisava de muita atenção
Aprendi desde cedo a me virar sozinho
Mas os dias chuvosos ficam estranhos
Pois o mundo muda de maquiagem
E nos mostra uma outra face
Esse mundo que nos cobra o que não dá
Sua única chance normalmente é a última
Sua vontade verdadeira não parece comovê-los
Vivemos nessa máquina moedora
Rolo compressor desse amor que deveríamos exprimir sempre
E como andorinhas orgulhosas tentamos frear as engrenagens
Então vamos lá! Levantemos das poltronas
Vamos nos munir de arte, sabedoria e vozes
Pois somos filhos de soldados cansados
Nossa vontade tem que mudar alguma coisa
Nossa vocação talvez seja o dedo de Deus nos apontando para a direção correta
Onde talvez possamos modificar ao menos um desses milhões de mundos
Mundos? Do que você está falando?
Estou falando das mãos estendidas, dos abraços sinceros, dos beijos apaixonados
E de todas as balas e bombas que os noticiários nos jogam na cara
São todos traços dos outros mundos
Aqueles que nos interceptam ou não
...
Na verdade todos eles nos interceptam...
terça-feira, 21 de abril de 2009
Sim
Vem, me diz agora qual caminho tomar
O vinho velho derramou no mar
E o meu pão mofou e se perdeu
Vem, me conta agora se não somos irmãos
Teu cheiro entranha no meu coração
Conta-me como pode partir sem mentir
Sempre fui aquele tolo amante
Que acreditou no teu falso semblante
E me perdi eu teu tão pouco amar
Se a realidade dói e me destroça
Se respirar ainda me provoca
Quero tuas belas mentiras de volta pra mim
Se os meus olhos não brilham como o sol
A tua luz não serve mais de anzol
Me diz agora como vou viver
E eu, leviano como uma criança
Amargurado pela sua dança
Acordei preso em tua armadilha
Hoje sento-me ao companheiro violão
Dedilho dores de nossa paixão
Sem esperanças de te ver voltar
O vinho velho derramou no mar
E o meu pão mofou e se perdeu
Vem, me conta agora se não somos irmãos
Teu cheiro entranha no meu coração
Conta-me como pode partir sem mentir
Sempre fui aquele tolo amante
Que acreditou no teu falso semblante
E me perdi eu teu tão pouco amar
Se a realidade dói e me destroça
Se respirar ainda me provoca
Quero tuas belas mentiras de volta pra mim
Se os meus olhos não brilham como o sol
A tua luz não serve mais de anzol
Me diz agora como vou viver
E eu, leviano como uma criança
Amargurado pela sua dança
Acordei preso em tua armadilha
Hoje sento-me ao companheiro violão
Dedilho dores de nossa paixão
Sem esperanças de te ver voltar
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Soa luz
Sou eu a mais temida
A evitada, a famigerada
Aquela que muitos levam como o fim
Sou eu a destrutiva
Mar onde o rio da vida deságua
Maré de ondas que não voltam
Sou a cobrança da vida
Aquela que não devolve o troco
E só cobra uma vez
Sou eu quem te faz amar seus filhos
Irmãos, amigos e companheiros
Sou o elo entre os corações humanos
Sou eu quem te faz sentir piedade
Combustível primordial para a benevolência
Maquinário básico da evolução
Sou eu quem te faz chorar
Ter medo do não ter mais aquilo tu amas
E te traz cautela nos teus atos mais ousados
Sou aquele aperto no peito
Quando beijas todos que ama
E te faz apertar os abraços nas despedidas
Sou eu quem te enxuga a lágrima
Após passar diversas vezes por mim
E trago beleza extrema à vida
Sou a luz mais brilhosa
Branca, pura e direta
Sou a morte que paira em seus olhos
Sou a filha mais pródiga de Deus
A evitada, a famigerada
Aquela que muitos levam como o fim
Sou eu a destrutiva
Mar onde o rio da vida deságua
Maré de ondas que não voltam
Sou a cobrança da vida
Aquela que não devolve o troco
E só cobra uma vez
Sou eu quem te faz amar seus filhos
Irmãos, amigos e companheiros
Sou o elo entre os corações humanos
Sou eu quem te faz sentir piedade
Combustível primordial para a benevolência
Maquinário básico da evolução
Sou eu quem te faz chorar
Ter medo do não ter mais aquilo tu amas
E te traz cautela nos teus atos mais ousados
Sou aquele aperto no peito
Quando beijas todos que ama
E te faz apertar os abraços nas despedidas
Sou eu quem te enxuga a lágrima
Após passar diversas vezes por mim
E trago beleza extrema à vida
Sou a luz mais brilhosa
Branca, pura e direta
Sou a morte que paira em seus olhos
Sou a filha mais pródiga de Deus
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Rédeas
Perdi as rédeas de vez
E lá vou eu sendo piegas mais uma vez
A vida e suas curvas perigosas
Nessa estrada cheia de armadilhas
Perdi as rédeas de mim
Tolo eu, como se alguma vez as tivesse nas minhas mãos
Tentando mudar a direção do trem
Indo dormir com medo do escuro
Dormir? Em que cama?
A minha apenas exala o meu suor
Pois nosso cheiro juntos
Aquele embriagante já se foi
Esquisito é sentir que o elo se fortalece
Quanto mais a distância se perdura
E essa tal de dor que a saudade finca no peito
É o meu amor gritando aqui dentro que anda mais vivo do que nunca!
A saudade é o remédio mais amargo do mundo
Remédio disse eu? Oh Deus!
E lá vou eu sendo piegas mais uma vez
A vida e suas curvas perigosas
Nessa estrada cheia de armadilhas
Perdi as rédeas de mim
Tolo eu, como se alguma vez as tivesse nas minhas mãos
Tentando mudar a direção do trem
Indo dormir com medo do escuro
Dormir? Em que cama?
A minha apenas exala o meu suor
Pois nosso cheiro juntos
Aquele embriagante já se foi
Esquisito é sentir que o elo se fortalece
Quanto mais a distância se perdura
E essa tal de dor que a saudade finca no peito
É o meu amor gritando aqui dentro que anda mais vivo do que nunca!
A saudade é o remédio mais amargo do mundo
Remédio disse eu? Oh Deus!
segunda-feira, 30 de março de 2009
Reticências
O relógio está escorrendo pelo tempo
Tic... tac... tic... tac...
A contagem regressiva está findando-se
Vinte... dezenove... dezoito... dezessete...
O pulso sobrevive bravamente
Pic... pic... pic...
O coração aperta lentamente
Shhh... ei... psss....
As folhas caem e desenham a melancolia
UUuuuuhhh... sshhhhhhhhrrraacc....
Meus olhos tristes lacrimejam
SSsss... mmmm... sniiff...
O poeta clichê reitera a beleza do tempo
"Nada dura para sempre"
A saudade então se faz presente
Tum tum... Tum tum... Tum tum...
As lembranças comem minha mente
Assim... isso... ai... ahhh...
Meu corpo desmembrou a exatidão
... ... ... ...
A dor deixou de ser inspiradora
Tom dom... Tom blaaammm... tchac...
Os teus olhos apenas me cortam de longe
Trriiimm... Trriiimm... Trriiimm... "oi"
Se nada dura pra sempre então por que perdemos tanto tempo
com coisas tão pequenas e curtas?
...
Tic... tac... tic... tac...
A contagem regressiva está findando-se
Vinte... dezenove... dezoito... dezessete...
O pulso sobrevive bravamente
Pic... pic... pic...
O coração aperta lentamente
Shhh... ei... psss....
As folhas caem e desenham a melancolia
UUuuuuhhh... sshhhhhhhhrrraacc....
Meus olhos tristes lacrimejam
SSsss... mmmm... sniiff...
O poeta clichê reitera a beleza do tempo
"Nada dura para sempre"
A saudade então se faz presente
Tum tum... Tum tum... Tum tum...
As lembranças comem minha mente
Assim... isso... ai... ahhh...
Meu corpo desmembrou a exatidão
... ... ... ...
A dor deixou de ser inspiradora
Tom dom... Tom blaaammm... tchac...
Os teus olhos apenas me cortam de longe
Trriiimm... Trriiimm... Trriiimm... "oi"
Se nada dura pra sempre então por que perdemos tanto tempo
com coisas tão pequenas e curtas?
...
quarta-feira, 18 de março de 2009
quarta-feira, 11 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Cortina de neve
Vi a neve caindo melancolicamente ao seu lado
Com olhos que a natureza não me deu
Senti uma saudade dilacerante
Mesmo que sua imagem se faça em minha retina
Não existe cheiro nem calor
Não tenho seus lábios próximos de mim
Mesmo sabendo que a vivência que tem te movido
A sede por novas experiências que te alimenta
Meu coração chora
Hora por felicidade
Sei que o melhor para você é estar sob a cortina de neve
Até que o nosso matrimônio se faça e o sorriso brote
Cuide-se como um diamante
Ajuste seu leme para onde a beleza da vida mora
Abra os braços e pule de alegria
A saudade ainda é um charme brasileiro
Pulsante dentro de nossos olhos
Mas te passo através desse poema toda a luz do universo
Te amo.
Com olhos que a natureza não me deu
Senti uma saudade dilacerante
Mesmo que sua imagem se faça em minha retina
Não existe cheiro nem calor
Não tenho seus lábios próximos de mim
Mesmo sabendo que a vivência que tem te movido
A sede por novas experiências que te alimenta
Meu coração chora
Hora por felicidade
Sei que o melhor para você é estar sob a cortina de neve
Até que o nosso matrimônio se faça e o sorriso brote
Cuide-se como um diamante
Ajuste seu leme para onde a beleza da vida mora
Abra os braços e pule de alegria
A saudade ainda é um charme brasileiro
Pulsante dentro de nossos olhos
Mas te passo através desse poema toda a luz do universo
Te amo.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Midas
E se eu deixasse minhas mãos contra seus olhos?
Tintas jogadas sobre o tapete da sala
Marcas de um tempo que não volta mais
Esteja onde for, num beco ou na flor
Leve na memória cada segundo que você afogou
Marcas de um tempo que pensa em voltar
Olhe para dentro e encare Narciso
Se veja no alto de um precipício
Olhe pra baixo e pule sem medo
No mesmo buraco que você me jogou
Mas meu coração é leviano
Finge-se de coitado para ter suas esmolas
Mente e desmente em cada esquina
Como se pudesse socar o mundo em mim
Digo-lhe adeus com uma faísca de remorso
Enxugo minhas lágrimas vadias e indiscretas
Que como um Midas imperfeito e casto
Só não transforma em ouro o seu coração
Tintas jogadas sobre o tapete da sala
Marcas de um tempo que não volta mais
Esteja onde for, num beco ou na flor
Leve na memória cada segundo que você afogou
Marcas de um tempo que pensa em voltar
Olhe para dentro e encare Narciso
Se veja no alto de um precipício
Olhe pra baixo e pule sem medo
No mesmo buraco que você me jogou
Mas meu coração é leviano
Finge-se de coitado para ter suas esmolas
Mente e desmente em cada esquina
Como se pudesse socar o mundo em mim
Digo-lhe adeus com uma faísca de remorso
Enxugo minhas lágrimas vadias e indiscretas
Que como um Midas imperfeito e casto
Só não transforma em ouro o seu coração
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Anjos caídos mas erguidos
Hoje não falarei das rimas ricas
Com a sua licença poética
Ergo minha cabeça sob os céus
E abro minha boca anti-ética
Durmo pouco e sonho muito
Eu não sou da sua turma
Eu não sou como você
Eu detesto estar ao seu lado
Os anjos caídos levantaram-se
Imitações baratas das criações de Deus
Poços de arrogâncias e criatividade
Jogam seus anzóis para todas as direções
Então nasce a ganância
Cavalgando em campos livres
De cara pro vento
Sem freio, nem lenço, nem documento
Você acha que eu gosto de estar aqui?
Você acha mesmo que pode controlar sua vida?
Você gosta de brincar de de ser Deus?
Por que não esconde essa sua cara de choro?
Bicos de urubus atirados para todos os lados
Sujando meu doce paladar de fezes
Onde estará você ao fim dessa encruzilhada?
Deus está lá em cima, divertindo-se com nossos destinos
Pouco a pouco os passos se alargam
O suor apresenta-se sobre a sombrancelha
O pulmão começa a doer
Mas a cabeça está direcionada no seu foco
Ao final dessa luta
Não há bem nem mal
Apenas somos nós contra nós mesmos
Numa intenção barata de não mais voltar...
Com a sua licença poética
Ergo minha cabeça sob os céus
E abro minha boca anti-ética
Durmo pouco e sonho muito
Eu não sou da sua turma
Eu não sou como você
Eu detesto estar ao seu lado
Os anjos caídos levantaram-se
Imitações baratas das criações de Deus
Poços de arrogâncias e criatividade
Jogam seus anzóis para todas as direções
Então nasce a ganância
Cavalgando em campos livres
De cara pro vento
Sem freio, nem lenço, nem documento
Você acha que eu gosto de estar aqui?
Você acha mesmo que pode controlar sua vida?
Você gosta de brincar de de ser Deus?
Por que não esconde essa sua cara de choro?
Bicos de urubus atirados para todos os lados
Sujando meu doce paladar de fezes
Onde estará você ao fim dessa encruzilhada?
Deus está lá em cima, divertindo-se com nossos destinos
Pouco a pouco os passos se alargam
O suor apresenta-se sobre a sombrancelha
O pulmão começa a doer
Mas a cabeça está direcionada no seu foco
Ao final dessa luta
Não há bem nem mal
Apenas somos nós contra nós mesmos
Numa intenção barata de não mais voltar...
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Uma noite casta e modorrenta
Desencadeou nos teus olhos
Mexeu com instintos hibernantes
Cutucou onça com vara curta
Agora que minhas veias dilataram-se
Meus olhos se encheram de ilusão
Onde derramaremos o suor
Nas mais remotas raias da paixão?
Fundem-se o amoral e o proibido
Deixe-me esquecer a razão dos tolos
Que em suas prisões de hipocrisia
Cravam em nossos peitos penas corpóreas perpétuas
Nego minhas verdades
Corro em direção contrária
Tese, síntese e antítese
Quando terei em minha pele sua volúpia e o seu suor?
Meu dedo em seu gatilho
A pólvora que nos acende é a mesma que nos mata
O estampido do teu orgasmo
É um tiro na cara da minha felicidade
Desencadeou nos teus olhos
Mexeu com instintos hibernantes
Cutucou onça com vara curta
Agora que minhas veias dilataram-se
Meus olhos se encheram de ilusão
Onde derramaremos o suor
Nas mais remotas raias da paixão?
Fundem-se o amoral e o proibido
Deixe-me esquecer a razão dos tolos
Que em suas prisões de hipocrisia
Cravam em nossos peitos penas corpóreas perpétuas
Nego minhas verdades
Corro em direção contrária
Tese, síntese e antítese
Quando terei em minha pele sua volúpia e o seu suor?
Meu dedo em seu gatilho
A pólvora que nos acende é a mesma que nos mata
O estampido do teu orgasmo
É um tiro na cara da minha felicidade
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Menina
Ah! Aquela menina!
Que quando encosto o canto do olho
Sinto um furacão dilacerando minhas costelas
Ah! O sorriso!
Sinto seu arco-íris de pureza
Dando cores aos mais escuros cantos
Ah! Se eu conseguisse
Levá-la para meu mundo
Amá-la-ia como o sol brilha em dias de chuva
Ah! Seu perfume
Que adoça meus pulmões
E enche minha triste carne de alegria
Ah! Sua boca!
Onde moram os meus mais eróticos desejos
E faz minhas veias dançarem dentro de mim
Ah! Sua inocência
Que como estrelas jogadas ao infinito
Pulveriza a minha timidez e me entorpece
Ah! A sua voz!
Que canta e encanta os meus ouvidos surdos
Que eleva e me leva aos sonhos de Eva
Ah! A realidade
Que a torna tão imprópria e arrogante
Que extermina jardins cultivados para sua beleza
Ah! Suas atitudes
Que me matam de compaixão
Ao se desdizer enquanto bela
Ah! Seus maltratos
Que como seca no sertão
Acaba com as vidas mais belas da natureza
Ah! Suas palavras de fel
Emudecem os corações tão puros
Enfeia as almas mais graciosas
Ah! Seus olhos tristonhos
Cortam meu coração como pudim
Enquanto vagarosamente petrifica e apodrece o seu
Pobre menina bela
Assim como um conto de fadas
És tão bela como as ninfas
E tâo feia como as madrastas
Que quando encosto o canto do olho
Sinto um furacão dilacerando minhas costelas
Ah! O sorriso!
Sinto seu arco-íris de pureza
Dando cores aos mais escuros cantos
Ah! Se eu conseguisse
Levá-la para meu mundo
Amá-la-ia como o sol brilha em dias de chuva
Ah! Seu perfume
Que adoça meus pulmões
E enche minha triste carne de alegria
Ah! Sua boca!
Onde moram os meus mais eróticos desejos
E faz minhas veias dançarem dentro de mim
Ah! Sua inocência
Que como estrelas jogadas ao infinito
Pulveriza a minha timidez e me entorpece
Ah! A sua voz!
Que canta e encanta os meus ouvidos surdos
Que eleva e me leva aos sonhos de Eva
Ah! A realidade
Que a torna tão imprópria e arrogante
Que extermina jardins cultivados para sua beleza
Ah! Suas atitudes
Que me matam de compaixão
Ao se desdizer enquanto bela
Ah! Seus maltratos
Que como seca no sertão
Acaba com as vidas mais belas da natureza
Ah! Suas palavras de fel
Emudecem os corações tão puros
Enfeia as almas mais graciosas
Ah! Seus olhos tristonhos
Cortam meu coração como pudim
Enquanto vagarosamente petrifica e apodrece o seu
Pobre menina bela
Assim como um conto de fadas
És tão bela como as ninfas
E tâo feia como as madrastas
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Agora eu consegui abrir os olhos
Respirei fundo mas não senti cheiro de nada
Aliás, apenas o odor desde lugar
Costumamos colocar o peso de nossa miséria em outras costas
Para que o nosso sorriso continue hipocritamente alvo
Somos lobos cheirando a alfazema
Porcos envaidecidos por lamas fúteis
Propositalmente ensurdecidos para os cantos mais belos
Somos o que somos e ponto final
AH! Como seriam os louros daqueles
Que vagaram por aqui distribuindo pétalas
E foram apedrejados por nós?
AH! Me conta o que se passa na sua cabeça
Quando experimenta o ódio e o ópio
Somos anjos caídos, tortos ou perdidos?
Talvez se os meus tons e dons pudessem te envolver
E de alguma forma te trazer à tona
Perceberia que essas pequenas cruzes que carrega
Não pesam tanto quanto você quer que elas pesem
Desculpem esse canto torto
Mas também sou humano errante
Estou cansado da sua cegueira
Mesmo sabendo que sou cego também
Respirei fundo mas não senti cheiro de nada
Aliás, apenas o odor desde lugar
Costumamos colocar o peso de nossa miséria em outras costas
Para que o nosso sorriso continue hipocritamente alvo
Somos lobos cheirando a alfazema
Porcos envaidecidos por lamas fúteis
Propositalmente ensurdecidos para os cantos mais belos
Somos o que somos e ponto final
AH! Como seriam os louros daqueles
Que vagaram por aqui distribuindo pétalas
E foram apedrejados por nós?
AH! Me conta o que se passa na sua cabeça
Quando experimenta o ódio e o ópio
Somos anjos caídos, tortos ou perdidos?
Talvez se os meus tons e dons pudessem te envolver
E de alguma forma te trazer à tona
Perceberia que essas pequenas cruzes que carrega
Não pesam tanto quanto você quer que elas pesem
Desculpem esse canto torto
Mas também sou humano errante
Estou cansado da sua cegueira
Mesmo sabendo que sou cego também
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