terça-feira, 11 de setembro de 2007

Deuses Amantes

Éramos como dois deuses pagãos
Acabados de fugir do paraíso
Tínhamos toda a beleza e o poder da juventude em nossas mãos
E todos os pecados do mundo a serem cometidos

Lembrando dos momentos incríveis que colecionamos
Voei para dentro de meu coração
E tentei enxergar a verdade que seus olhos tanto escondiam

Foi deseperador perceber no primeiro momento suas vis mudanças
Uma deusa perfeita, linda e amada
Agora perdida...

Todo o sentimento infantil que me nutria fora exterminado
Por ter sido sonhador demais
Deixei minhas portas abertas para você
E sorrateiramente você se foi

A solidão crua que agora me envolvia
Era cultivada pelo meu algoz
A infeliz verdade saltou aos meus olhos
Então o sorriso virou pranto
O "bom dia" virou desencanto
A razão virou espanto
O sagrado virou profano

Tentei encontrar culpados
Fatos marcantes de nossa trajetória imoral
Mas minha cabeça não esquecia seu nome
E meu coração o seu sorriso banal

Então caí de joelhos no mundo
Me perdi em cada esquina escura
Em cada seio nu
Em cada boca vadia

Os meus erros?
Esses eu ainda tento descobrir onde estão...
Talvez tenha errado no primeiro "Eu te amo" que te disse
Ou então em deixar todo o tesouro em suas mãos
Os meus amores agora são distantes
E a minha vida um inferno de Dante

Porém posso ainda estar enganado
Que me desculpem Deus e o Diabo
Mas prefiro pegar minha estrada
E desfazer lentamente o seu rastro

Sei que o homem não é digno de amar
Pela sua própria conduta errante
Mas se essa é a verdade do mundo
Fomos como grandes Deuses Amantes

Hoje aprendi com nossa história
Que a vida não segue uma lógica
Então eu vivo sem peso nas costas
E a certeza que escrevemos uma linda história

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