terça-feira, 11 de setembro de 2007

Era como se o mundo tivesse estacionado lá fora
Nada mais a compreendia
Depois de ter seu coração dilacerado pelas suas próprias atitudes
Acendeu um cigarro... e nada mais
Sabia que sua sinceridade excessiva havia lhe traído
E diante daquele espelho, vestida com um luxo impecável, começou a gritar...
Ela tinha que engolir o choro!! Era capaz de sentir a semente e a serpente ainda vivas dentro de suas veias
Sabia que aquele olhar seria o último. Ela sabia disso...
Tentou disfarçar a frustração que lhe tomava. Aquele rapaz belo e perspicaz não era mais o protagonista de seus sonhos...

Mas qual o sentido daquela dor? Ela se entregou por inteiro àquele agoz e olha o resultado: ela se sentia um nada! Um nada da pior espécie! Dera-lhe beijos e o amor mais puro do mundo! O maior!! O MAIOR!! Ela sabia sim... ela sabia! Sabia que seus instintos foram levianos! Sabia que seu maior desejo o sufocara! A lua agora era sua principal inimiga! E o silêncio cantou em seus ouvidos...

Pensou na criança que estava carregando em seu ventre. Ela tinha que acabar com aquele pesadelo. E mesmo com aquele pesar, pôs-se a chorar...

"Ela só sentia a dor
A falta que faz o ar
E a falta que faz o amor
O vazio que a consome
O desespero que a invade
A janela parece uma boa saída
ou uma fuga covarde
E mais uma vez dói
Ela já nao sabe o que fazer
Ela nao quer estar sozinha
Ela nao quer morrer
E ela só sente a dor
A mesma dor de antes
A falta que faz o ar
E a falta que faz aquele amor..."

* O trecho entre aspas foi retirado de um poema de Laís Souza, mas que se encaixa perfeitamente com o texto

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