terça-feira, 11 de setembro de 2007

Última poesia

Sim, é verdade!!
Os versos agora estão sujos de sangue
Um pequeno poeta sonhador
Nos deixa no peito tamanha dor

Um vítima de uma realidade violenta
Perdida aos 22 anos de puro surrealismo
Suas poesias estão órfãs
Suas musas estão mudas

Sabe-se lá de onde vinha sua sensibilidade
Mas todos adoravam aquela cara de felicidade
Quando dotava papéis de sentimentos
Romance, amor, pensamentos

Um jovem que amava viver
De repende vê sua vida perecer
Cada estrofe que agora cheira a pólvora
Mantém no nosso peito uma chama de esperança

"Mãe fiz um poema para você!"
Numa esquina escura ouve-se o tiro disparado
"Meu amor, minha Deusa, amada mulher"
Pneus cantam e dobram a avenida
"Vejo nos teus olhos o amanhecer do mundo"
Uma última lágrima molha o asfalto
"Para o pai mais amado do universo"
O fim...

Em seu velório uma multidão se aglomera
Rima-se choro com amor
Sonetos em silêncio cantam
O vôo de um poeta amador

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