segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Primeiro vem o olhar...
Cada vez mais próximo
Cada vez mais penetrante
Aí a gente sente a respiração de perto...
Toda agitada
Toda frenética
A boca começa a ressecar...
Culpa da descarga da adrenalina
As pernas fingem ceder ao peso do corpo
Brincam de desequilibrar
Enganam de querer fugir
Poucos centímetros nos separam...
O abraço se molda no ar
Devagar... bem devagar...
Dezenas, centenas de borboletas voam no estômago
Então consigo sentir o perfume do seu rosto
O coração não se contém dentro das costelas
As mãos suam...
Sinto os seios pressionados contra o meu peito
Deixo a cintura alinhar-se ao meu quadril
As coxas então se entrelaçam
Os olhos vagamente cerram-se
Aí vem o primeiro contato dos lábios...
Vão abrindo-se vagamente
Delineando-se como uma dança
Moldam-se como já se conhecessem
Deliciando-se como uma fruta virgem
As linguas se movem...
Tocam-se buscando o primeiro sabor
Envolvem-se como duas bailarinas
As cabeças inclinam-se
Uma mão invade o cabelo da nuca
Enquanto a outra puxa seu corpo para perto
O peito, em chamas, sente a sua pulsação
Os sexos separados por jeans buscam-se numa dança ingrata
Os corpos se completam
Simulam e dissimulam
E lá, jogados no centro de uma multidão
Amam-se em total e deliciosa solidão...

2 comentários:

Thiago Fonseca disse...

Eta coisa boa de meu deuzuu!!!

xD

=D

Lali Souza disse...

FANT�STICOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

\o/

ps: concordo com thiago! hahahaha.